Movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e organizações populares de Foz do Iguaçu promovem, nesta quinta-feira, 9, manifestação conjunta pelo fim da jornada 6 por 1 e outras medidas em prol da população. A mobilização está marcada para 17h30, com início da concentração, às 16h30, no Bosque Guarani.
A pauta inclui a defesa e a ampliação de vários direitos e justiça tributária. A organização reforça o chamado à participação de todos os segmentos, como estudantes e trabalhadores do comércio, serviços e transportes, de empresas privadas e públicas.
O horário foi estrategicamente definido para dialogar com trabalhadores do comércio e pequenos empresários que estarão na região durante o ato. A intenção é desmitificar o impacto das propostas trabalhistas, o que apenas trouxe prejuízos à classe laboral, e reforçar que o fim da escala 6 por 1 não implica prejuízos às empresas.
A mobilização em Foz do Iguaçu integra uma série de atos nacionais que ocorrem simultaneamente em diversas capitais e cidades brasileiras, com foco em justiça social e tributária.
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Entre as principais reivindicações estão:
- fim da escala 6 por 1 na jornada de trabalho;
- ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais (texto já aprovado na Câmara dos Deputados e que segue para votação no Senado);
- taxação progressiva das grandes fortunas, com impostos mais altos para os super-ricos, a fim de financiar políticas sociais e ajuste fiscal.
A jornada 6 por 1, regime em que o trabalhador tem somente um dia de folga semanal — vem sendo amplamente criticada por centrais sindicais e entidades trabalhistas. O pleito é por uma jornada capaz de equilibrar entre trabalho e descanso.
Para a representante da APP-Sindicato/Foz na organização, Janete Batista, uma das entidades à frente do ato público, a unidade entre categorias e movimentos sociais é essencial. “Nos somamos à mobilização, que apresenta uma pauta relevante para toda a sociedade”, expõe.
“Reduzir a jornada de trabalho, sem diminuir o salário, favorecerá pais e mães de nossos alunos e os jovens estudantes trabalhadores”, completa. “E entendemos que isentar o Imposto de Renda aliviará os ataques sistemáticos do governo de Ratinho Junior, que reduz o poder aquisitivo dos educadores paranaenses”, conclui Janete.
Participação cidadã
A mobilização também servirá para reforçar o plebiscito, iniciado por organizações sociais, que busca ouvir a população sobre justiça tributária e direitos trabalhistas. As perguntas submetidas aos participantes são:
“Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e do fim da escala 6×1?”
“Você é a favor de que quem ganhe mais de R$ 50 mil por mês pague mais imposto de renda, para que quem ganha até R$ 5 mil não pague?”
Segundo os organizadores, o plebiscito é uma resposta direta às decisões do Congresso Nacional, e aos parlamentares que criam projetos para proteger-se contra crimes por eles praticados, ao mesmo tempo em que votam contra propostas que garantem direitos e melhoria de vida à população.
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