Os familiares e amigos do guarda municipal de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, morto em 2022 pelo ex-agente penal Jorge Guaranho, vão realizar neste domingo (16), a partir das 10h na Praça da Paz, um ato pedindo justiça e a prisão do assassino, militante bolsonarista que praticou o crime por motivação política.
“Convidamos todos e todas que ficaram inconformados com a permissão de prisão domiciliar do assassino de Marcelo Arruda para ato de pedido de justiça e que o assassino cumpra a pena em regime fechado como determinado no Júri Popular”, diz o convite.
Jorge Guaranho, profundo admirador e defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), matou Marcelo Arruda ao descobrir que este comemorava os 50 anos numa festa com o tema o presidente Lula e o PT.
Ele invadiu um quiosque que havia sido alugado de uma associação da Vila A tocando músicas alusivas ao então pré-candidato a reeleição Jair Bolsonaro, e proferindo ofensas aos participantes da festa e saiu dizendo que voltaria depois para “matar todos”.
O fato aconteceu, Guaranho retornou e com a arma da corporação, paga com recursos dos contribuintes, entrou atirando no quiosque, matando Marcelo Arruda.
O julgamento
No dia 11 de fevereiro finalmente começou seu julgamento em Curitiba, após três adiamentos. O júri popular durou três dias e ele foi condenado a pena de 20 anos de prisão em regime fechado.
No entanto, ganhou direito de ir para casa no dia seguinte devido uma decisão monocrática do desembargador Gamaliel Sete Scaff, declaradamente seguidor de Bolsonaro e outras personalidades do bolsonarismo.
“Pedimos que deem preferência a camisetas pretas ou brancas e em especial quem tiver as camisetas que pedem justiça ao caso Marcelo Arruda”, recomendam os organizadores da manifestação.
O ato está programado para este domingo (16), a partir das 10h na Praça da Paz, no centro de Foz do Iguaçu.