Ato marca início do julgamento do assassino de Rachel Lobo Genofre

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Manifestação acontece na quarta-feira (12), a partir das 12h30, em frente ao Tribunal do Júri

Na próxima quarta-feira (12), está marcado o julgamento do assassino da menina Rachel Lobo Genofre, 9 anos, que foi vítima de crime sexual bárbaro e teve seu corpo deixado na Rodoferroviária de Curitiba. A partir das 12h30 da quarta-feira, familiares e movimentos de defesa dos direitos das mulheres farão a manifestação “Justiça por Rachel Lobo Genofre: nenhuma a menos. Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas”. O ato vai acontecer na frente do Tribunal do Júri de Curitiba, na Praça Nossa Senhora da Salete – Centro Cívico.

O crime aconteceu em 3 de novembro de 2008, quando a menina saiu da escola onde estudava na região central de Curitiba. São mais de 12 anos de espera pelo julgamento.

A mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo Oliveira, servidora municipal de Curitiba que já integrou a direção do SISMUC, lembra que ao longo desses anos teve muita luta pra cobrar do Estado um resultado. “Com ajuda de muitas pessoas, a quem agradeço, conseguimos que o caso não caísse no esquecimento. Mesmo que não tivesse resultado nenhum agradeço muito mesmo a população por ajudar a gente nessa cobrança pra encontrar esse monstro”, disse.

Ela lembra que a única prova do assassino era o material genético e na época o banco de dados era muito arcaico, pouco desenvolvido, sem investimento dos governos. Por isso foi necessário mobilizar, lutar para cobrar do estado a solução para o crime.

O assassino, Carlos Eduardo dos Santos, foi descoberto em 2019, em Sorocaba (SP), através de exames de DNA. Ele já cumpria pena de 25 anos por outros crimes sexuais e após a identificação como suspeito pela morte de Rachel, após teste realizado pela Polícia Científica, confessou o crime. Ele será julgado por homicídio qualificado, mediante meio cruel e ocultação do corpo, com possibilidade de aumento da pena em um terço, em caso de condenação.

“O ato na quarta-feira é para mais uma vez cobrar para que esse monstro pegue pena máxima e para que ele não esteja em circulação. Minha filha não volta mais, e não podemos perder mais ninguém”, afirma Maria Cristina Lobo.

“Ao longo desses 12, quase 13 anos a população esteve com a gente nos dando força, cobrando essa luta. Quem puder estar lá na quarta-feira, que esteja para mais uma vez a gente possa cobrar, solicitar que esse assassino fique pagando pena dentro da cadeia. Por nenhuma criança a menos!”

O ato é aberto para todos interessados. Quem puder participar é só chegar ao local, mantendo o protocolo de distanciamento social necessário nesse momento de pandemia de Covid-19.

O SISMUC e o SISMMAC se somam ao movimento por justiça para Rachel Lobo Genofre como parte da luta pelo fim do machismo e da violência contra meninas e mulheres. Junto com a cobrança pela punição do assassino, seguimos na luta pelo fim da lógica de dominação que produz uma sociedade tão violenta contra as mulheres, defendendo o respeito à diversidade, a liberdade e a emancipação feminina.

As informações são de Sismmac

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