Autorizada obra de escola municipal no Jardim Eldorado, em Foz do Iguaçu

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Mães de alunos e integrantes da comunidade escolar da região já realizaram diversos atos em defesa do prédio próprio da Escola Municipal Lúcia Marlene Nieradka

Unidade funciona há mais de duas décadas provisoriamente sob a arquibancada de um estádio na Vila Yolanda e atende aproximadamente 200 estudantes

A Prefeitura Municipal assinou a Ordem de Serviço para o início da construção da Escola Municipal Professora Lúcia Marlene Pena Nieradka, em uma área técnica da Prefeitura na Rua Cruzeiro do Sul, 150, no Jardim Eldorado, em Foz do Iguaçu. A estrutura é aguardada há mais de duas décadas e aprovada pela comunidade em reunião do Orçamento Participativo. Aproximadamente 200 estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental são atendidos provisoriamente sob a arquibancada de um estádio de futebol na região da Vila Yolanda. “É uma obra fundamental para o futuro deles”, dizem mães de alunos.

Destaca o GDia que a Escola Lúcia Marlene surgiu da necessidade dos moradores da Vila Yolanda e bairros próximos de matricular os filhos perto da residência. Após várias reuniões, começou atender em 8 de março de 1998, em um espaço da Igreja Católica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Avenida Iguaçu. Num primeiro momento foi denominada Vila Yolanda – Extensão Jardim Naipi, atendendo inclusive estudantes do Projeto Vaga-Lume, que voltaram a estudar, no período noturno. Em 2001, o então prefeito Sâmis da Silva anunciou a construção das salas de aulas em espaço cedido pelo Estádio Pedro Basso (Flamenguinho), sendo inaugurada em abril de 2002.

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Em 2019, na primeira reunião do Orçamento Participativo de Foz do Iguaçu, a comunidade aprovou a construção da unidade de ensino, em uma área técnica do município, de 4.698 metros quadrados no Jardim Eldorado (antigo Jardim Social). A área construída vai ocupar 1.730 metros quadrados, preservando a área verde do local. A nova escola terá seis salas de aula, sala multimídia, biblioteca, laboratório de informática, sanitários, salas administrativas, secretaria, amplo refeitório e cozinha, pátio central descoberto, playground e quadra esportiva coberta.

O valor previsto na construção é de R$ 5,4 milhões. A Edyson Construtora Ltda terá prazo de 540 dias para execução. A construção vai oferecer maior conforto no atendimento aos alunos. As salas serão construídas voltadas para a praça central, com ampla circulação de acesso, criando um ambiente seguro para as crianças, informa a Secretaria de Educação.

Obra fundamental

Para a comunidade escolar da Escola Lúcia Marlene, a obra é fundamental na formação dos alunos. “Até o ano passado eu era tesoureira voluntária da Escola provisória. Meu filho estuda na Escola e está no quinto ano”, explica a mãe Marli Estevam. “A escola é toda provisória há mais de 20 anos” e está “provisória até hoje”. Uma sala de aula, segundo ela, é a mesma de reforço de inglês, disciplina aprovada na rede municipal. “E no cantinho dessa sala fizeram uma biblioteca provisória”, revelou.

São “três (atividades) em uma sala”, ressaltou. Marli relata ainda nos dias de chuva, quando “fica difícil para as crianças ter aula de educação física, que é feita dentro da sal. Quando tem sol e fica muito quente meu filho vem para casa com o nariz cheio de sangue por ficar muito no sol, não é só meu filho, tem caso de outras mães que também fala sobre isso. É uma escola provisória né?”, indagou. A mãe do aluno contou que estava, com a família, na reunião do OP. “Ficamos muito feliz na época”, concluiu.

Luta histórica

Angela Berlanda contou com que uma menina de 10 anos, “que está no 5º ano” e o primeiro filho que também foi alfabetizado na Lúcia Marlene e agora está 15 anos no Colégio Estadual Almirante Tamandaré. “Nós fizemos vários abraço solidário, com participação e apoio do Colégios Agrícola no Orçamento Participativo e várias reportagens nas emissoras de TV. Temos um grupo no face onde registramos tudo da construção da escola”, revelou a mãe, lembrando da história de luta pela estrutura.

“Passou da hora da construção da escola! Desde 2019 a PMFI indicou o terreno e tem o valor para construção! Só não foi construída porque um grupo de moradores judicializaram a ação contra da construção da escola no terreno, que é reserva Técnica da Prefeitura”, lembrou ela, em relação a um grupo de defensores ambientais que tentam impedir a obra e evitar a retirada de árvores, que serão replantadas em outros locais.

“Nunca existiu em Foz essa `Praça das Aroeiras´ (nome anunciado pelos ambientalistas)”, disse Angela. O grupo de moradores do entorno, segundo ela, “batizou ano passado o terreno com esse nome e desde 2019 plantam mudas de arvores no terreno para evitar a construção da escola. Esse mês, porque viram que está tudo pronto com licitação feita e início das obras prevista para esta semana, entraram com pedido de tombamento do terreno”, concluiu.

Só tem a ganhar

A professora Neuza Witt de Assunção diz que acompanha a trajetória da Escola Lucia Marlene desde 2005. “Como mãe e avó de aluno, minha filha estudou lá, foi estagiária, hoje meu neto é quem frequenta”, diz ela, ressaltando que a equipe sempre foi excelente fazendo o melhor que podem, “mas a estrutura provisória limita muito. A comunidade da Vila Yolanda, nossas crianças, só tem a ganhar com a construção da instalação nova e própria, é um sonho que será realizado”, concluiu.

A Secretaria Municipal de Educação informou que as obras serão executadas como previsto na licitação e no contrato da ordem de serviço. A empresa responsável pela construção tem um prazo de 30 dias para iniciar as obras.

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  • A área que a prefeitura pretende construir é fruto de doação que foi destinada para Praça. A prefeitura atropela o processo que envolve a matrícula. Os moradores defendem a construção da escola e a manutenção da Praça. Existe outras áreas entorno da atual escola que pode receber a construção da escola e assim fazer com que os moradores possam usufruir tanto da Praça quanto da Escola. As duas podem existir na mesma região. A partir do momento que se constrói a escola reduzimos as áreas verdes que as famílias podem utilizar como lazer. Um local onde Concreto irá ocupar a “Paisagem Natural” que já existe em uma área cinza não faz sentido.

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