Bares, restaurantes e eventos pedem reparação de gastos causados pela pandemia no Paraná

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(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Entidades representativas dos setores de bares, restaurantes e eventos anunciaram nesta quarta (10) que farão um protesto pedindo a reparação dos gastos que tiveram ao longo dos últimos 10 meses de restrições de atendimento por causa da pandemia do coronavírus no Paraná.

Adianta a Gazeta do Povo que a manifestação, marcada para o dia 24, vai mostrar que os decretos sanitários que fecharam ou limitaram as atividades provocaram a falência de 40% dos bares, 30% dos restaurantes, 75% das casas noturnas e 80% das empresas de eventos no estado.

Com isso, cerca de 90 mil vagas de emprego formais e informais foram encerradas em todo o Paraná, sendo 30 mil delas só na capital e região metropolitana.

Desde o começo da pandemia em março do ano passado, os estabelecimentos sofrem restrições de funcionamento, com a paralisação total do atendimento ou limitações mesmo naqueles que seguem todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19.

O protesto, organizado pelo núcleo de eventos da seccional paranaense da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR) junto da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar) e do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro, Gastronomia e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sindehotéis), não será para que os decretos municipais e estaduais sejam flexibilizados com a ampliação dos horários de atendimento ou reabertura de bares, por exemplo.

Segundo Nelson Goulart Junior, presidente da Abrasel-PR, as entidades pedem a reparação dos custos que os estabelecimentos tiveram ao longo dos 10 meses de restrições, como a folha de pagamento dos funcionários que não foram incluídos no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do governo federal, aluguéis, impostos, tarifas de serviços públicos como energia elétrica e água e esgoto, entre outros.

“É como alguém chegar para você e dizer ‘olha, você não vai usar a sua casa, mas vai ter que pagar o IPTU e o aluguel dela’. Nós tivemos estes gastos, porque a comunidade nos obrigou através de norma legal a ficarmos fechados, mas nós temos esses gastos e estamos pedindo que nos sejam restituídos”, explica.

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