General João Francisco Ferreira afirma que esse será um novo marco na usina, com benefícios diretos para a sociedade brasileira e paraguaia
Depois de a usina de Itaipu entregar para a sociedade obras de infraestrutura fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, com benefícios diretos para o bem-estar da população, a redução da tarifa da energia produzida pela hidrelétrica será uma nova realidade.
Essa queda decorrerá da quitação do pagamento da dívida da construção da usina. A dívida se encerra em 2023, mas o reflexo na conta de luz já poderá ser percebido em 2022. A redução da tarifa não vai alterar os demais custos, como os royalties e a execução de obras, tanto as atuais quanto as futuras.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral brasileiro, general João Francisco Ferreira, em artigo distribuído nesta quarta-feira, 5 de maio, dia em que Itaipu comemora 37 anos de geração de energia. Nesta data, a usina acumula uma produção de quase 2,8 bilhões de megawatts-hora (MWh), a contar de 5 de maio de 1984, quando começou a operar. Toda essa energia seria suficiente para iluminar o mundo inteiro por 45 dias. Nenhuma outra usina do mundo produziu tanta energia limpa e renovável quanto Itaipu.
A usina é responsável por quase 15% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e por 90% do consumo paraguaio de eletricidade. “Com a redução na tarifa de Itaipu, o Brasil e o Paraguai poderão atrair mais investimentos e abrir frentes de trabalho para nossa gente”, afirma o diretor-geral brasileiro.
Ele lembra que “o governo federal está fazendo todos os esforços para diminuir a conta de luz, da ponta até a indústria. A queda da tarifa, além de ser uma compensação efetiva para quem pagou pela construção dessa obra gigantesca, será importante para a retomada da economia.
João Francisco Ferreira faz questão de ressaltar que a tarifa cai em decorrência da quitação das parcelas do pagamento da dívida, que correspondem a quase 70% dos custos da empresa, sem qualquer relação com a parte da tarifa responsável pelo custeio da usina e pelo financiamento de projetos atuais e futuros.
“Agora, vamos trabalhar junto com o governo federal para que, já no ano que vem, possamos ter uma redução significativa na tarifa de Itaipu. A partir de 2023, quando as dívidas de construção estiverem zeradas, a redução na tarifa, todos os anos, será ainda maior. E isso, mantendo todos os investimentos atuais e futuros da Itaipu”, reforça o general.
Ferreira explica que o brasileiro em geral vai pagar menos pela luz. E o paranaense, em especial, vai lucrar duas vezes. A energia da Copel, que também tem uma cota de Itaipu, vai baixar; e os investimentos nos projetos financiados por Itaipu, todos no Paraná, vão ter continuidade.
Ainda de acordo com o general, a diminuição da conta de luz no Paraguai pode atrair novos investimentos para o país vizinho. “Mas, principalmente, vai beneficiar o povo paraguaio, que é trabalhador e merece ter um alívio no bolso, ainda mais nestes tempos em que a economia não decola em razão das medidas restritivas de controle da pandemia de covid-19.”
O diretor geral brasileiro diz que essa missão precisa do apoio de todos – dos governos federal e estadual, dos empresários, da sociedade em geral -, porque representará uma nova era, de tarifa desonerada dos custos da dívida, mas sem que Itaipu deixe de olhar com especial atenção a comunidade no seu entorno e, de maneira geral, o Paraná, sede da usina no Brasil.
Fotos: Rubens Fraulini e Alexandre Marchetti/ Itaipu Binacional.