Tomaram posse na manhã desta segunda (7) os novos presidentes da Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL). As informações são do Diário do Poder.
Em seu discurso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que atualmente o funcionamento das instituições estão desvirtuadas, sendo usadas “para ajudar os amigos dos reis” e que os novos “presidentes vão assumir sabendo disso, que essa é a tarefa desses. É fazer a coisa funcionar direito, é fazer a coisa funcionar da forma certa”.
Pedro Duarte Guimarães assumiu a presidência da Caixa no lugar de Nelson de Souza. “A Caixa Econômica federal é uma nação, tem 93 milhões de clientes. É o maior banco do Brasil, o maior banco da América Latina, é o 5º maior banco do mundo”, ressaltou o novo presidente ao agradecer a indicação.
Segundo ele, a Caixa tem R$ 40 bilhões de dívida que será paga em quatro anos por meio de venda de participações em empresas controladas. “É fundamental a gente discutir mais profundamente a parte imobiliária, que é o coração da Caixa”, declarou. Guimarães afirmou ainda que estará nos estados brasileiros ouvindo da população o que elas pensam do banco. “Os nossos focos são as comunidades carentes.”
Já na presidência do BNDES assume Joaquim Levy, ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff. Levy substituirá Dyogo Oliveira. Em seu discurso de posse, Levy afirmou que o BNDES necessita continuar se transformando para responder às novas demandas do país. “Eu não tenho dúvida que nós estamos na antesala de um novo ciclo de investimentos, em uma economia que será mais aberta, mais vibrante, mais espaço para o setor privado e para os mercados de capital.”
Segundo Levy, o BNDES terá o papel de continuar combatendo o patriamonialismo e as irregularidades encontradas. “A ferramenta para isso tem que ser a transparência, a ética. Essa é a forma de trabalhar, principalmente, no funcionalismo público”, afirmou o novo presidente do BNDES.
No Banco do Brasil, quem substitui Marcelo Augusto Dutra Labuto é o economista Rubem Novaes. “O país passou por grandes desgraças: mensalão, petrolão, crise da segurança, uma recessão terrível. Hoje temos uma responsabilidade enorme de reverter esse quadro”, declarou Novaes. Segundo ele, a administração do Banco do Brasil será eficiente, transparente e “honrada”.
Caixas-preta
Bolsonaro usou sua conta no Twitter nesta segunda para afirmar que as caixas-preta de õrgãos federais, como o BNDES, estão sendo abertas. Segundo ele, contratos estão sendo revistos.
“Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros”, declarou o presidente.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Gues, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica foram vítimas anteriormente, o que ficará claro quando as caixas-pretas forem analisadas.
“O dirigismo econômico corrompeu a política brasileira e travou o crescimento da economia brasileira. O mercado brasileiro de crédito está também estatizado e também sofreu intervenções que foram extremamente danosas para o país. Quando o BNDES recebe aumento de capital para fazer projetos econômicos estranhos no ponto de visto de retornos, políticos, de quem é o beneficiário do lado de lá, nós economistas liberais não gostamos disso”, declarou.
Foto: Divulgação