Trecho da BR-277, na entrada de Foz do Iguaçu, teve congestionamento no primeiro dia útil após fechamento de acessos
O trânsito ficou complicado na manhã de segunda-feira (16), para quem precisou trafegar pela BR-277, no trecho do Viaduto Lyrio Bertoli, inaugurado no início do mês. O primeiro dia útil após o fechamento de acessos foi de congestionamento para quem chegava em Foz do Iguaçu.
O prefeito pediu ao Departamento de Estradas de Rodagens (DER-PR) para o município assumir a gestão da rotatória do Charrua. As informações são de Ronildo Pimentel, no GDia.
A semana começou com chuva em Foz do Iguaçu, condição climática que pode ter contribuído para “engordar” a fila de veículos no sentido Três Lagoas para Ponte Internacional da Amizade e centro. Na noite de sexta-feira (13) foram fechados, pela concessionária Ecocataratas e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), três acessos a BR-277.
A iniciativa, autorizada pelo DER para dar maior segurança aos usuários, tem sido alvo de críticas. Nas redes sociais, usuários reclamaram da espera para chegar ao centro e que o problema teria sido apenas “transferido” para outro local. “Só quero ver quando tiver fila de caminhões na trincheira da BR 277 com Avenida Parana, que fazem o retorno para o Porto Seco”, disse Gabriel Campos Neto.
O fechamento também tem sido comemorado. “Passo por aí no mínimo 8 a 10x ao dia. Esse fechamento foi A MELHOR COISA que fizeram sem sombra de dúvidas”, comentou Alfredo Junior. O problema, segundo ele, foi o erro da entrada da BR-277 para a Avenida Costa e Silva, que gerou essa fila. “Acho que houve um erro de engenharia ali”.
Análise de fluxo
De acordo com o inspetor Raone Nogueira, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da Delegacia PRF em Foz do Iguaçu, o que precisa, “sobretudo”, é um período de análise. “Que não se resume a um dia certamente. Então, fazer uma análise depois de um tempo e, em termos de estatística de trânsito geralmente é no mínimo um mês analisando a situação, como se comporta o fluxo”.
“Certamente tem muita gente em dúvida, ainda conhecendo como se deslocar na região da obra”, ressaltou Nogueira. É super precipitado fazer uma avaliação com um dia de trânsito, reafirmou. “Temos que esperar o tempo, as pessoas conhecerem e, no decorrer de cerca de 30 dias fazer uma avaliação precisa sem ser precipitada”, concluiu.
Em nota, a Ecocataratas informou que a orientação é para que os motoristas que trafegam no sentido Foz do Iguaçu a Cascavel utilizem o viaduto da Avenida Costa e Silva para realizar o retorno. “Aqueles que trafegam no sentido oposto, ou seja, de Cascavel para Foz do Iguaçu e desejam retornar, deverão fazer o retorno utilizando o viaduto da Avenida Paraná”.
Municipalização
No último sábado (14), o prefeito Chico Brasileiro anunciou que protocolou pedido para o município assumir a gestão da Rotatória do Charrua. “Somos totalmente contra o fechamento, fomos até Curitiba, protocolamos junto ao DER, através do Foztrans, um documento pedindo para que o Foztrans se responsabilize pela rotatória do Charrua”, disse durante o programa Foz em Ação, na Rádio Cultura.
Na avaliação do prefeito, o município tem condições de cuidar do trecho, “já que não tem número de fiscais suficiente para monitorar”, disse. A intenção, ainda segundo Brasileiro, é colocar viatura ou semáforos para garantir a segurança na rotatória. “A prefeitura cuida. Nós nos responsabilizamos”, garantiu.
Foz do Iguaçu, ressaltou o prefeito, é cortada por rodovias federais que o município não tem “autonomia para interferir”. De acordo com ele, até agora não houve acordo com o DER a respeito da rotatória do Charrua. “Não houve concordância, infelizmente”, frisou.
Pauta
A questão envolvendo a reabertura do acesso será abordada na próxima quinta-feira (19), na sede local do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte Terrestre (Dnit).
O diretor-geral do DER-PR, Fernando Furiatti irá atender no local, junto com uma equipe de técnicos do Ministério da Infraestrutura, das 9h30 às 12h.
