Brasil e Argentina precisam definir critérios para reabertura da ponte

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A reabertura da fronteira com a Argentina ainda depende da diplomacia e entendimento do governo brasileiro

O governo argentino anunciou na última terça-feira (21) a reabertura das fronteiras terrestres, como a Ponte Tancredo Neves, a partir do próximo dia 1º de outubro. Mesmo que a medida seja colocada em prática, apenas moradores das cidades brasileiras que estão na faixa de fronteira poderão ter autorização para visitar o país. É o caso de Foz do Iguaçu, onde muitos já planejam o que fazer tão logo as barreiras acabem.

Por mais que a Argentina decida abrir a fronteira hoje, do lado brasileiro só poderão passar residentes da fronteira e não turistas, explicou o secretário de Turismo, Projetos Estratégicos e Inovação de Foz do Iguaçu, Paulo Angeli. “Porque é uma decisão do governo brasileiro, portanto os chanceleres têm para trabalhar juntos”, alertou ele, em entrevista a Rádio Yguazú Misiones.

“Quem mora em Foz do Iguaçu vai poder passar porque isso é permitido nos decretos presidenciais, os turistas brasileiros que vierem de lugares como: Curitiba, São Paulo, Rio (de Janeiro), não terão permissão para passar se as regras continuarem”, adiantou o secretário. Angeli destacou que tem conversado com a população e autoridades do turismo. “Temos muita esperança de que a fronteira seja aberta, mas há regras e que temos que trabalhar juntos para liberar”.

Conforme adiantou o GDia ontem (22), o governo argentino pretende abrir as fronteiras no início de outubro. No entanto, a medida poderá ser antecipada para o próximo dia 27 de setembro (segunda-feira), em relação a Ponte Internacional Tancredo Neves, como teste piloto de um corredor turístico entre os dois países.

Sobre a questão, Angeli disse que tem mantido conversas com as autoridades de ambos os países. Ele disse ter sido surpreendido com a informação de reabertura. “Estávamos conversando com o Ministério da Saúde da Argentina e o Ministério do Turismo para criar os protocolos para a abertura da ponte”, adiantou.

Exemplo do Paraguai

“Mas estamos chegando a um acordo porque pensamos que o melhor é que a fronteira seja aberta e então estabeleceremos as práticas dos protocolos de passagem de pessoas”. A reabertura deverá seguir trâmites parecidos com o realizado na reabertura da Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai, em meados de outubro do ano passado.

Na época, o governo federal brasileiro editou uma portaria prevendo o trânsito entre os dois países. Em relação a saúde da população de Foz do Iguaçu, quanto ao coronavírus (covid-19), Angeli disse que a população adulta está 100% imunizada com a primeira dose de vacina.

“Temos uma média de 55% (da população) com a segunda dose, por isso estamos no momento de começar a planejar uma retomada da nossa economia, criação de empregos, vendas”, completou. As fronteiras terrestres da Argentina estão fechadas desde março do ano passado, como estratégia para evitar a propagação do vírus.

Sobre como será o ingresso no país vizinho, ainda pairam dúvidas, mesmo para moradores de Foz do Iguaçu. “Será que é só apresentar a carteirinha de vacinação que está liberado”, comentou um morador do Porto Meira, que pede para não ser identificado. Em conversa com jornalistas de Puerto Iguazú, vai depender de um entendimento do governo de Misiones, que está encaminhando os protocolos de reabertura.

As informações são de GDia

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