Autoridades chamaram a atenção para o aumento de suicídios entre os jovens
A maior tríplice fronteira do país foi palco de um ato simbólico, neste domingo (10), em alusão ao “Setembro Amarelo – É preciso falar”, mês de prevenção ao suicídio. A ação simultânea ocorreu nos Marcos das Três Fronteiras do Brasil, Paraguai e Argentina e chamou a atenção de moradores e turistas para o enfrentamento ao aumento do número de suicídios em todo o mundo, principalmente entre a juventude.
Participaram do ato trinacional, a secretária de Saúde, Rose Meri da Rosa, o secretário de Segurança Pública, tenente-coronel Marcos Antônio Jahnke, o diretor de Saúde Mental, Antônio Batista, o vereador Kalito Stoeckl e autoridades dos países vizinhos.
Leia também
- Visitação em atrativos de Foz do Iguaçu no ‘feriadão’ superou todas expectativas
- Projeto do concurso da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu começa a tramitar em regime de urgência
“Em cada país fizemos um ato simbólico, com atividades culturais e rodas de conversa para marcar a importância de falarmos cada vez mais sobre o assunto, quebrarmos os silêncios persistentes e preparamos nosso olhar para prevenir o suicídio através das melhores abordagens, com muita escuta e acolhimento”, ressaltou Batista.
A ação, organizada pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, Câmara Técnica de Atenção Psicossocial e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMUD) ,integra a maior programação da história do município, que prevê alcançar mais de 2.500 alunos da rede estadual de ensino, além de unidades básicas de saúde, Exército, Marinha e Aeronáutica.
A ampla mobilização prevê integrar vários setores da sociedade para o enfrentamento conjunto a um número bastante preocupante: 2 em cada 10 adolescentes já pensou em suicídio.
“Além de atos integrando o Brasil, o Paraguai e a Argentina, neste ano pretendemos superar os números do ano passado e alcançar os 2.500 adolescentes da rede estadual de ensino, nosso público de maior risco”, informou Batista.
Programação
Até agora, a programação já contou com apresentações artísticas e encontros envolvendo a rede de saúde mental. No dia 15 de setembro, haverá um Dia D nas unidades básicas de saúde e no dia 29/09, a campanha encerra com um evento na Unioeste. Também estão programadas mais de 100 rodas de conversa nos colégios estaduais até o final do mês.
Dados
O Município e as entidades parceiras vêm fortalecendo a cada edição a campanha do “Setembro Amarelo – É preciso falar”, ampliação que reflete a preocupação com os indicadores de risco para o autoextermínio, principalmente entre a população jovem. De acordo com dados do CAPSi – Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil, em 2017 foram notificados e atendidos pelo equipamento 34 crianças e adolescentes em risco de suicídio. Esse número aumentou para 270 casos em 2021, um aumento de mais de 800%.
“O projeto da campanha começou em 2018 a partir de uma demanda reconhecida pelo CAPSi de aumento dos casos de risco. Os indicadores também apontam que 21% dos alunos da rede estadual de ensino já pensou em suicídio. Por isso fortalecer a campanha é muito importante, para identificar casos e também oferecer apoio aos jovens em sofrimento”, expressou Batista.