Imóvel na Praça Getúlio Vargas, que abrigou o Poder Legislativo por quase 30 anos, está sendo depredado
A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu encaminhou o ofício nº 975/2023, assinado pelo Presidente João Morales (União Brasil), pedindo que a Prefeitura libere para a Casa de Leis o uso do prédio público que está abandonado na Praça Getúlio Vargas. O imóvel, que abrigou o Poder Legislativo por quase 30 anos, está sendo depredado. Havendo autorização da prefeitura, a Câmara entregará mais um andar do anexo e assim economizará com aluguéis.
João Morales informou que o Poder Legislativo, além da sede, vinha utilizando dois andares de um prédio na rua Quintino Bocaiúva. Os gastos totais vinham na casa dos R$ 500 mil por ano. Com o propósito de reduzir custos e otimizar os espaços, um andar já foi entregue. A Câmara tem projeto para ampliar o prédio atual e desocupar o outro andar do chamado anexo. “Vendo como está abandonado esse prédio, vimos uma alternativa para transferir alguns setores e assim zerar as despesas com aluguel”, disse.
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Na opinião do Presidente, não faz sentido a prefeitura estar com espaço abandonado e a Câmara pagando aluguel. “Precisamos otimizar aquilo que nós temos dentro do município, que é o espaço público e dar utilidade. Nesse caso aqui, em específico, é também um resgate histórico. É importante a utilização para evitar essa depredação, preservar o patrimônio e trazer economia para os cofres públicos”, destacou Morales.
O prédio foi originalmente construído para ser a sede oficial da Câmara de Vereadores no ano de 1972, acolhendo o Poder Legislativo Municipal por quase três décadas.
Pedido de esclarecimentos
No mesmo sentido, o Vereador Galhardo (Republicanos), solicitou ao Poder Executivo, por meio do requerimento nº 466/2023, informações sobre qual a última secretaria ou departamento, que utilizou o prédio da antiga Câmara Municipal. O parlamentar questiona também o fato de “não terem sido tomadas medidas preventivas relacionadas a segurança do prédio, como a presença de guardas municipais ou vigilantes, fechando os acessos ou até mesmo cercar o espaço”.
Na opinião de Galhardo, diante do estado de abandono e deterioração, o imóvel pode ter uma finalidade adequada e condizente com o que se espera de um espaço com tais características históricas. “Devido a inoperância do Poder Executivo, virou abrigo para andarilhos e usuários de drogas”, consta na justificativa.