Câmeras flagram nova onça-pintada no Parque Nacional do Iguaçu: ‘representa esperança para espécie’

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O nome Boyrá, que significa objeto precioso, foi escolhido pelas redes sociais do projeto Onças do Iguaçu. (Foto: Projeto Onças do Iguaçu/Gentileza)

Segundo o projeto Onças do Iguaçu, internautas votaram e escolheram o nome Boyrá para a onça-pintada, neste sábado (6); em meio à pandemia, trabalho de pesquisadores continua e tem tido reforço nas redes sociais.

Uma nova onça-pintada foi flagrada pela equipe do Onças do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, nesta semana. O projeto faz o monitoramento da espécie dentro Parque Nacional do Iguaçu, com 60 armadilhas fotográficas. 

Segundo a coordenadora, Yara Barros, a equipe criou uma votação no Instagram do projeto Onças do Iguaçu para escolher o nome da nova onça-pintada. Os internautas decidiram na tarde neste sábado (6) por Boyrá, um nome indígena, que significa “objeto precioso”.

As câmeras registraram a onça-pintada durante o mês de maio e, segundo Yara, Boyrá ainda não tinha sido registrada pelos pesquisadores do parque, nos lados brasileiro e argentino. Pelo tamanho dela, é possível dizer que é um animal adulto, mas sem precisar a idade.

A nova onça-pintada Boyrá foi flagrada por uma armadilha fotográfica do Parque Nacional do Iguaçu. (Foto: Projeto Onças do Iguaçu/Gentileza)

A coordenadora explica que a identificação de novas onças-pintadas é feita por especialistas, por meio de análise das pintas no corpo do animal.

A votação pelo nome de Boyrá teve início na tarde sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente.

Segundo a equipe do projeto, no mesmo local onde a Boyrá foi registrada, também transita uma onça-pintada macho, o Tarobá. A expectativa é de que eles formem um casal.

Além da votação pelo nome da nova onça, o projeto tem contado ainda mais com a participação do público nas redes sociais nesse período de pandeia. A equipe está usando o espaço para reforçar o trabalho de educação ambiental que, antes do distanciamento social, era feito em instituições, como escolas de Foz do Iguaçu e região.

“Tem sido uma interação bem positiva. As pessoas mandam dúvidas pelo Instagram, participam das nossas lives e comentam nossos posts. Pretendemos manter esse canal com a comunidade depois da pandemia”, disse Yara.

Entre os conteúdos publicados pela equipe, foram divulgadas imagens de um casal de onças-pardas. Segundo Yara, a fêmea parece estar prenha e, caso esteja, pode ter filhotes em julho. Os nomes deles, Flor de Mel e Petruchio, também foram escolhidos pelos internautas.

De acordo com a coordenadora, desde março, o projeto se adaptou e reduziu o trabalho em campo, mas não parou. O monitoramento com as armadilhas fotográficas, por exemplo, é uma das ações que continua ativa.

“A maior ameaça das onças é o medo, que vem da falta de conhecimento. Quanto mais você fala sobre o assunto, mais você substitui o medo por encantamento. Quanto mais corações pudermos atingir, melhor é, pois o amor pelos animais é contagioso. Salvar onças é uma responsabilidade de todos nós.”

Por: Criss Loose

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