A carga de 11,5 mil itens de donativos enviada pela Itaipu Binacional para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul foi descarregada na noite dessa quinta-feira (23) no centro de distribuição do Governo Federal, em Porto Alegre (RS).
Os motoristas José Elias de Sousa e Ricardo Rocha Gomes, da Divisão de Transportes, que se revezaram na direção do caminhão durante a viagem, partiram de Foz do Iguaçu (PR) na quarta-feira (22) pela manhã e estão retornando para casa nesta sexta-feira (24), com expectativa de chegada ainda nesta noite.
Os 11,5 mil itens incluem agasalhos, alimentos, água potável e materiais de higiene pessoal e de limpeza.
As arrecadações foram feitas pela campanha do Força Voluntária da Itaipu e de suas fundações (Fundação Brasil de Previdência e Assistência Social – Fibra, Hospital Ministro Costa Cavalcanti e Parque Tecnológico Itaipu), além de doações de pessoas de Foz do Iguaçu que compareceram ao show musical, no domingo (19), no Gramadão da Vila A, em comemoração aos 50 anos de fundação da Binacional.
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“Com a chegada do caminhão com os donativos ao centro de distribuição, a missão agora está cumprida”, diz o chefe de Responsabilidade Social da Itaipu, Eduardo Scirea, que mais uma vez agradeceu a grande mobilização do público interno, parceiros e população para que a iniciativa fosse um sucesso de solidariedade.
Experiência
Para os dois motoristas, essa foi uma experiência única: “É muito emocionante fazer parte dessa missão, juntamente com os nossos colegas e a empresa, para amenizar o sofrimento dos nossos irmãos gaúchos, que passam por uma grande calamidade”, relataram Gomes e Souza.
Gomes, que é gaúcho, tem familiares no RS. A família dele faz parte de uma corrente solidária de apoio aos que mais necessitam de ajuda com trabalho voluntário.
“A nossa experiência foi muito importante, mas o contato com a realidade nos deixou muito comovidos. São muitas ruas alagadas. A visão que a gente tem quando vê nos meios de comunicação é uma.
Quando a gente chega no local está um caos, o trânsito está caótico, vários entulhos de coisas pelas ruas, prédios sem energia”, comentou Gomes.
Ainda segunda ele, “essa visão in loco fez com que a gente repensasse o que o povo passa e o quanto os gaúchos precisam de nós como um todo, até porque cada cidadão lá tem sua história, sua vida. Eles precisam de voluntários. Tem muita coisa para fazer. O pessoal está ilhado, a situação é bem crítica”.
Viagem
Os dois motoristas saíram de Foz do Iguaçu por volta do meio-dia, na quarta-feira (22). Eles estavam se deslocando para Passo Fundo, mas tiveram que alterar a rota. “Devido às condições do clima e das vias e trânsito lento, tivemos que fazer uma viagem com bastante cautela.” Souza e Gomes fizeram uma parada em Chapecó para descansar e às 5h voltaram para estrada.
“Passamos por vários pontos críticos. Nas proximidades de Canoas, o trânsito estava caótico. Muitas pessoas tentavam acessar a BR para entrar na cidade. Não conseguimos chegar no horário previsto, mas, graças a Deus, conseguimos chegar no local para descarregar o caminhão”, relatam.
Por causa da chuva e dos problemas enfrentados nos acessos até o estado vizinho, decidiram retornar ontem à noite. “Estamos viajando com calma para chegarmos tranquilos em casa”, contaram.
