Campanha do Setembro Amarelo em Foz aborda a importância do acolhimento e da escuta aos jovens

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Programação teve início nesta sexta-feira (1º de setembro) no auditório da Polícia Federal e seguirá ao longo do mês com rodas de conversa e apresentações culturais

Estimular a conversa, identificar comportamentos e acolher o indivíduo com risco de suicídio. Estes foram alguns dos temas abordados nesta sexta-feira (1º de setembro ) durante a abertura da Campanha “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio, no auditório da Polícia Federal.

As ações, que seguirão até o final do mês, vão envolver principalmente os jovens, público com maior ideação suicida no país. Representando o prefeito Chico Brasileiro na abertura do evento, a primeira-dama e secretária de Direitos Humanos, Rosa Maria Jerônymo, destacou a importância da campanha e sua temática “Setembro Amarelo – É preciso falar”.

“A Secretaria Municipal da Saúde, através da Diretoria de Saúde Mental, tem feito um trabalho importante – que iniciou em 2018 – de diálogo com os jovens. É importante que a sociedade debata este tema e desconstrua os tabus em torno do suicídio. É um tema que precisa ser abordado e compreendido pelas pessoas. Antes de cometer um ato, as pessoas dão sinais, e elas precisam ser ouvidas, a sociedade precisa estar atenta para prevenir algo que é tão triste”, afirmou.

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De acordo com o diretor de Saúde Mental do município, Antônio Batista, as ações deste ano pretendem envolver 2.500 estudantes da Rede Estadual.

“Além de atos integrando o Brasil, o Paraguai e a Argentina, neste ano pretendemos superar os números do ano passado e alcançar os 2.500 adolescentes, nosso público de maior risco. Para isso, já organizamos rodas de conversa em quase todos os colégios, nas unidades de saúde, além de atividades no Exército, Marinha e Aeronáutica e com as equipes pedagógicas das instituições de ensino”, informou.

A organização da campanha é da Prefeitura de Foz do Iguaçu, Câmara Técnica de Atenção Psicossocial e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMUD).

Dados

O Município e as entidades parceiras vêm fortalecendo a cada edição a campanha do “Setembro Amarelo”, ampliação que reflete a preocupação com os indicadores de risco para o autoextermínio, principalmente entre a população jovem.

De acordo com dados do CAPSi – Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil, em 2017 foram notificados e atendidos pelo equipamento 34 crianças e adolescentes em risco de suicídio. Esse número passou para 270 casos em 2021, um aumento de mais de 800%.

“O projeto da campanha começou em 2018 a partir de uma demanda reconhecida pelo CAPSi de aumento dos casos de risco. Os indicadores também apontam que 21% dos alunos da rede estadual de ensino já pensou em suicídio. Por isso fortalecer a campanha é muito importante, para identificar casos e também oferecer apoio aos jovens em sofrimento”, disse Batista.

Programação

Neste sábado (02) a programação da campanha segue com a apresentação da peça “Suicídas Anônimos”, na Fundação Cultural, às 19h. A obra aborda de maneira sensível e significativa o tema do Setembro Amarelo. A peça é uma promoção da Fraternidade Aliança (AFA) e foi produzida através das oficinas do Programa Foz Fazendo Arte. A entrada é gratuita.

No dia 10 de setembro haverá uma ação trinacional, com um ato simbólico simultâneo no Brasil, Paraguai e Argentina, às 10h. No Brasil e na Argentina, a mobilização acontecerá no Marco das Três Fronteiras de cada país, e no Paraguai, na Costanera. Nesta data, as organizações farão uma projeção de vídeos e imagens das ações desenvolvidas ao longo da campanha. No dia 15/09, haverá um Dia D nas unidades básicas de saúde e no dia 29/09, a campanha encerra com um evento na Unioeste.

Além destas datas, diariamente serão realizadas rodas de conversas nos colégios estaduais e unidades de saúde.

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