Capturado em Presidente Franco homem acusado de matar prefeito e seu pai no Brasil

Os suspeitos atravessaram a fronteira após o crime e eram procurados em Ciudad del Este, o que motivou o compartilhamento de informações com as autoridades paraguaias

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Foto: Divulgação

Agentes do Comando Tripartite da Polícia Nacional do Paraguai, em cooperação com a Polícia Federal do Brasil, prenderam ontem em uma casa precária em Presidente Franco o suspeito Weverton Claudino Batista, apontado como sicário do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).

Durante a operação, também foram detidas a parceira de Batista, Damária Jácome de Oliveira, de 36 anos, e sua irmã, Leidiane Alves de Oliveira, de 44 anos, ambas acusadas de serem as autoras intelectuais do crime que abalou a cidade de João Dias, no estado do Rio Grande do Norte, em agosto de 2024.

Segundo informações da Polícia Federal do Brasil, os suspeitos atravessaram a fronteira após o crime e eram procurados em Ciudad del Este, o que motivou o compartilhamento de informações com as autoridades paraguaias. Após semanas de investigação, o grupo foi localizado em Presidente Franco e detido ontem à tarde. Eles serão expulsos do Paraguai nas próximas horas e entregues às autoridades brasileiras.

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A polícia brasileira acusa os detidos de terem planejado e executado o assassinato do prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo Oliveira, de 38 anos, e de seu pai, Sandi Oliveira, de 58 anos. O ataque ocorreu em 27 de agosto do ano passado, quando ambos realizavam visitas políticas no bairro São Geraldo. Criminosos armados abriram fogo de dentro de dois veículos: Sandi foi morto no local e Marcelo morreu algumas horas depois em um hospital na Paraíba. Um segurança também ficou ferido.

De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte, Damária, então vice-prefeita, e sua irmã Leidiane, vereadora, eram as mentoras intelectuais do homicídio. A motivação teria sido uma vingança política e pessoal, decorrente da ruptura de alianças entre suas famílias, rivais históricas pelo controle do pequeno município de cerca de 2 mil habitantes.

As investigações apontam que, mesmo após o duplo homicídio, o grupo planejava eliminar também a viúva do prefeito, conhecida como “Fatinha de Marcelo”, eleita prefeita em outubro de 2024. Conversas encontradas no celular de um integrante da organização revelaram que Leidiane pressionava pela execução desse novo atentado, que acabou não se concretizando.


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