Embora com certo alvoroço no mercado financeiro depois da matéria publicada n’O Globo na terça-feira, 11, a Bloomberg aponta que a A CCR contratou quatro bancos para estruturar a venda das concessões de 20 aeroportos que detém na América Latina – entre eles os paranaenses de Foz do Iguaçu, Curitiba e Londrina – e de fatias em cinco ativos de mobilidade no Brasil.
Segundo a agência de notícias, a CCR trabalha com Lazard e Itaú Unibanco para a venda dos aeroportos, enquanto Goldman Sachs e BTG Pactual têm mandato para os ativos de mobilidade. A CCR quer levantar até R$ 10 bilhões nos próximos anos, como parte da reestruturação do seu portfólio, pagamento de dívidas e aumento de investimento em áreas estratégicas.
A venda de ativos começará com os aeroportos e a companhia espera fechar o negócio até o fim do ano. A CCR tem 20 aeroportos na América Latina – 17 no Brasil e outros três no Equador, Costa Rica e Curaçao, com um total de 43 milhões de passageiros por ano.
O movimento dos três aeroportos paranaenses alcançou 8,4 milhões de passageiros em 2024. Os ativos fora do Brasil representam mais de 60% do lucro da unidade de negócios aeroportuária.
Mobilidade
Ao menos seis companhias estão interessadas nos ativos, disseram as fontes ouvidas pela Bloomberg. BTG e Goldman trabalham para vender uma fatia minoritária nos ativos de mobilidade, incluindo metrôs e ferrovias, disseram as pessoas, acrescentando que um acordo é esperado apenas em 2026.
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Mais de 70% do Ebitda (indicador de geração de caixa) ajustado da companhia vem das rodovias. A CCR decidiu focar no Brasil e em seus grandes centros — a companhia tem 35% do market share do setor. Ativos de mobilidade urbana seguem nas prioridades da CCR.
O processo de venda dos ativos ainda está em estágio inicial e a companhia ainda não fechou um modelo para a transação, mas a opção preferida dos administradores é a venda total da plataforma de aeroportos, disse uma das pessoas.
As ações da CCR reduziram a queda após a publicação da notícia pela Bloomberg. Os papéis saltaram 12% neste ano, quando a companhia acelerou o processo de desinvestimento, enquanto o Ibovespa subiu 2,5%. As ações da companhia caíram 28% no ano passado.
(com informações da Bloomberg)