CCZ participa de ação de combate à leishmaniose no próximo sábado em Três Lagoas

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Nos seis primeiros meses deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses realizou 763 exames em cães e, destes, 220 testaram positivo para a doença

O Centro de Controle de Zoonoses Dr. Dorival Jorge Jr (CCZ) participará, no próximo sábado (28), de uma ação de combate à leishmaniose visceral, em uma clínica veterinária na Rua João Ricieri Maran, 1051, em Três Lagoas. No local, serão feitas coletas de sangue gratuitas em cães.

De acordo com a chefe da divisão de Controle de Zoonoses, Renata Defante Lopes, serão disponibilizados para o evento 80 exames de leishmaniose visceral canina. “A clínica fará as coletas de sangue e nós faremos o processamento dos exames. Os testes rápidos serão realizados no laboratório do próprio CCZ, e os resultados emitidos em até 48 horas. Os cães que forem positivos neste teste terão a amostra de sangue encaminhada para o LACEN (Laboratório Central do Estado), que fará um segundo exame, confirmatório, chamado teste ELISA. Este resultado demora em torno de 10 a 15 dias para ficar pronto”, explicou.

Os cidadãos que desejam realizar o exame em seus animais também podem agendar pelos telefones: 45 3524-8848/45 3524-5838 ou Whatsapp: 45 99997-4448. As coletas são feitas duas vezes por semana na sede do CCZ, na Avenida Maceió, 1511, no Jardim Ipê.

Casos

De janeiro a junho deste ano, o CCZ realizou 763 exames em cães e, destes, 220 testaram positivo para a doença. Nos últimos anos, o número de novos casos diagnosticados pelo CCZ vêm diminuindo: em 2018, foram 729 cães; em 2019 foram 581 e em 2020 foram 389.

“É importante ressaltar que estes dados não podem ser extrapolados e não representam a realidade da zoonose na cidade de Foz do Iguaçu, já que a busca pelo exame é proveniente de demanda espontânea da população”, enfatizou Renata.

A redução no número de casos deve-se, especialmente, à conscientização dos tutores nos cuidados com os animais. “Os cães se tornaram membros da família e com isso os cuidados aumentaram. Cerca de 40% dos animais que fazem a coleta de sangue no CCZ já utilizam a coleira repelente, o método mais eficaz para controle da leishmaniose” explica o técnico em zoonoses e coordenador do laboratório do CCZ, Rosinei Kafka.

Apesar de não ter cura, os cães portadores da doença podem ter uma vida saudável com uso de medicação adequada. “Por haver tratamento, a eutanásia só é realizada em CCZ através de indicação médico-veterinária, quando o animal já não responde mais ao tratamento”, informou.

Doença

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa parasitária, mas não é contagiosa. É transmitida apenas através da picada do mosquito-palha, e se caracteriza por uma evolução lenta e progressiva, levando a óbito se não tratada corretamente.

Os sintomas mais comuns da doença nos cães são o aumento dos linfonodos (surgimento de pequenas “ínguas”), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento e atrofia muscular, surgimento de feridas nas orelhas e focinho, descamação da pele e perda de pelos, hemorragias nasais, anemia e alterações nos rins, fígado e articulações.

O uso de coleira repelente específica, a vacinação dos cães e a limpeza dos ambientes são fatores determinantes na prevenção da doença.

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