Por Gilmar Cardoso
“Que a força do medo que tenho/Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito/Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,/Mas a outra metade é silêncio” – ( Oswaldo Montenegro)
Para formalizar o testamento em vida, é preciso fazê-lo por escrito, preferencialmente com auxílio de um advogado e através de um cartório de notas, e trata-se de uma manifestação de última vontade. C’est Fini é um testamento literário coletivo, uma iniciativa editorial inédita e um registro histórico multifacetado, que certamente terá uma diversidade de aplicação pós-leitura.
Na Abrol-Paraná fomos provocados com a seguinte mensagem coletiva: “Prezados/Prezadas: Imaginei um trabalho diferente que poderia ficar para nossos amigos e nossos herdeiros: uma espécie de última mensagem. Será que vocês topariam? Ah, ainda não sei quanto viverei, acho que mais tempo, mas o exercício pode ser bem interessante, não acham? – Imagine que amanhã você não está entre nós: qual seria a sua última mensagem?”
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‘C’est Fini’ é uma expressão comum na língua francesa que pode ser traduzida como “está acabado”, “terminou” ou “é o fim”; geralmente implica um fim mais definitivo ou completo, um “fim para sempre”. No caso de “c’est fini”, a adaptação “zé fini” surgiu como uma forma coloquial e descontraída de expressar a ideia de término, amplamente compreendida e usada no Brasil.
Com apoio e incentivo de nosso Presidente Alcino de Andrade Tigrinho, em mais este feito (bem feito), em nome da Academia Brasileira Rotária de Letras – Seccional do Estado do Paraná, temos em mãos uma primorosa obra literária nascida do espírito inquieto e provocador do nosso valoroso Confrade jornalista Miecislau Surek, acadêmico fundador da Cadeira 13 da ABROL-PR e Governador do Distrito 4730 (1996- 1997), dentre tantas condecorações e iniciativas afins.
Chamados pelo editor-chefe de – Mensageiros – o livro conta com as participações dos acadêmicos anfitriões da Abrol-Paraná e seus convidados doutras academias similares dos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, além da Abrol nacional, que totalizam 56 memoráveis contribuições filosóficas e memórias afins como que jogadas ao mar pelos náufragos em garrafas de plástico, à flutuar pelos setes mares na espera de um destinatário/receptor e que alcance seu destino.
Escrever sobre a morte envolve explorar o mistério da finitude, a dor do luto, a passagem para a eternidade ou o vazio, e como a vida se torna mais significativa diante dela, refletindo sobre perda, amor, legado e a busca por transcendência, seja em textos poéticos, filosóficos ou de superação, com textos e citações inspiradoras sobre viver plenamente.
“Não tenha pressa que o fim não é agora (…) Porque todo dia é o fim do mundo” – (Lula Queiroga)
Daqui pro fim ainda haverá tantos recomeços e haverá ainda tantos fins!
- C’est Fini!
- GILMAR CARDOSO, advogado e poeta, membro fundador da Cadeira 28 da Academia Brasileira Rotária de Letras – ABROL-PR é associado ao Rotary Club de Curitiba.
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