Chegada do frio pode acelerar casos de coronavírus em Foz do Iguaçu, afirma infectologista

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A proximidade do inverno e as baixas temperaturas é mais um fator de preocupação das autoridades de saúde de Foz do Iguaçu, em relação à propagação da Covid-19, infecção provocada pelo novo Coronavírus

A doença, como tem ocorrido em países de temperaturas mais amenas, se espalha com maior velocidade que em regiões de clima quente. A cidade tem agora 35 casos confirmados com quatro pacientes internados na UTI.

A chegada do frio, aliado ao relaxamento no isolamento social e da quarentena motivado pelo baixo índice de casos, é uma situação preocupante, avalia a médica infectologista Flávia Trench, professora e assistente do Curso de Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). “No momento que a gente afrouxar isso, sem saber o que está fazendo, pode complicar”, disse.

Até o momento, todas as decisões foram tomadas no escuro, sem dados, afirmou. “Nós não temos dados, visto que é uma doença que pode ter desde nenhum sintoma, sintoma leve ou sintoma grave, seria o que?”, indagou. O ideal, na avaliação da infectologista, seria a testagem maciça das pessoas, que é o que não está sendo feito no Brasil e nem em Foz do Iguaçu.

“Então, nós fechamos (o comércio) no escuro e nós estamos querendo abrir no escuro. Tudo errado”, alertou Flávia. De acordo com ela, “por enquanto”, a estratégia sensata é ficar todo mundo isolado, em casa, contendo o espalhamento viral, impedindo e ou dificultando o vírus de circular e de produzir casos.

Leitos de UTI

“Porque, produzindo maior número de casos, vamos ter maior número de casos graves, ocupação de leito de UTI, daí complica”, alertou. O que tem de leito de UTI em Foz do Iguaçu é o disponível atual (17 na Central Covid-19 e uma ala no Hospital Costa Cavalcanti), disse. 

“Não se produz mais que isso. Não é um negócio que vem do céu”, afirmou. “Então, tem que ter muito cuidado na estratégia agora e o momento é de ficar quietinho, de arrumar nossos leitos e tentar fazer ao máximo que esses casos venham aparecendo de pouquinho em pouquinho”, orientou.

Ronildo Pimentel
Por GDia

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