Chico Brasileiro: “Na última eleição o PT teve candidato próprio e nunca fez parte do nosso governo”
O prefeito de Foz do Iguaçu Chico Brasileiro (PSD), que embarca hoje para a China onde participa de um evento internacional de turismo com tudo custeado pelo governo daquele país, disse que a participação de lideranças petistas na administração municipal é por méritos e a confiança e que o PT nunca esteve em seu governo oficialmente. “O PT não me apoiou na última eleição, teve candidatura própria, nunca fez parte oficialmente do meu governo”, afirmou ele, sobre a decisão do diretório municipal do partido se declarar oposição.
“Não considero isto um problema do governo, porque isto nunca existiu, existem pessoas do PT que participam do nosso governo. Pessoas que confio”, ressaltou em entrevista à Rádio Cultura. “Os quadros do PT que convidamos ao governo trazem grandes resultados, como o Ian Vargas na moradia popular pelo FozHabita não só conseguindo casas no governo federal como casas na Itaipu (somando mais 770 unidades habitacionais)”.
Leia também
- Transferido para 2024 júri de policial penal réu pela morte de Guarda Municipal de Foz
- Instituto Cativa reúne pacientes de cannabis medicinal em Foz
“O André Alliana faz um brilhante trabalho na Secretaria de Turismo com muitas articulações no turismo nacional”, completa. O prefeito também destacou o trabalho do professor universitário Nilton Bobato, secretário de Transparência e Governança, que se filiou ao PT.
“É um excelente quadro tanto administrativo como da política iguaçuense”, disse. No primeiro governo de Chico Brasileiro, Bobato foi vice-prefeito e secretário também. “Avalio as pessoas. E estas têm qualidade e estão ajudando muito a cidade. Não vou entrar neste debate interno do PT, que é um partido autônomo, tem suas decisões. Do ponto de vista da administração não muda nada”, comentou.
Segundo turno
Chico Brasileiro também falou do que muda com a possibilidade de segundo turno em 2024 em Foz do Iguaçu e que isso vai qualificar a escolha do próximo prefeito. “Muda a estratégia, as alianças e assim muda a representatividade. Tendo o segundo turno, o candidato eleito, termina tendo o aval da maioria dos eleitores. á tivemos em Foz o histórico de prefeito eleito com 32%, com 35% dos votos”, disse.
“Quando tem segundo turno, a maioria da população realmente referendou aquele nome. É um processo muito importante, de representatividade maior, passa por um debate maior”, afirma. Num eventual segundo turno, segundo ele, o debate é mais igualitário já que o tempo de televisão é igual. “Tem um debate frente a frente de projetos e isso resulta numa clareza maior para a sociedade do seu voto”.
Panorama
Com mais de 200 mil eleitores, Foz do Iguaçu faz parte das sete cidades paranaenses com possibilidade de segundo nas eleições municipais: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais. “Eu estou focado no trabalho até 31 de dezembro de 2024, mas quem quer ser candidato tem que se viabilizar, ter grupo, partido, base de apoio. Ninguém é mais candidato somente por vontade própria. Isso não acontece mais”, disse.
Chico Brasileiro afirmou que vários partidos e partidos têm lhe procurado para conversar para as eleições de outubro, embora considere o debate eleitoral muito cedo. “É um debate ainda muito antecipado em que as propostas para a cidade devem superar os projetos pessoais, de gente que só pensa naquilo”.