O prefeito Chico Brasileiro (PSD) disse nesta quinta-feira, 19, que o Município deve romper o contrato com a empresa que presta o serviço de transporte coletivo, além de abrir uma nova licitação. “Continuar com a mesma empresa, dentro do marco contratual vigente, a prefeitura não conseguirá fazer grandes avanços nesse setor”, avalia Brasileiro.
“No início, a proposta da empresa era que a prefeitura fizesse uma doação, ou seja, fizesse um relatório do contrato e equilíbrio por parte do poder público onde tivesse desequilíbrio, mas quem pagava a conta era o cidadão. Se a prefeitura fizesse esse reequilíbrio, o aporte da prefeitura seria em torno de R$ 800 mil por mês é reequilíbrio sem nenhuma contrapartida”, disse o prefeito.
Chico Brasileiro informou que o Município realizou uma compra emergencial de crédito antecipado, ou seja, quando precisar de mais ônibus nas linha e a prefeitura está reivindicando como contrapartida o aumento da frota de ônibus, quando necessário. O prefeito informou ainda que irá se reunir com o Foztrans e a comissão começar a avaliar minuciosamente a situação do contrato.
Só reclamação
“Do jeito que está não pode ficar, precisamos realmente uma mudança no sistema de transporte coletivo porque tem muita reclamação do serviço prestado. Todas as reuniões nos bairros, os moradores pediam um transporte decente, mais do que saúde, mais do que do que qualquer outro problema na cidade. Esse é o grande desafio poder público, não pode ficar inerte olhando a população desassistida do ponto de vista do transporte coletivo”, afirma Chico Brasileiro.
Apesar do contrato se estender por mais três anos, Chico Brasileiro afirma que já entrou na justiça para romper o contrato. “Os ônibus que temos hoje são menores que de dez ou 12 anos atrás. Mais gente dentro de ônibus menores. Então, tudo isso o contrato protege as empresas e prejudica o cidadão. O nosso grande foco hoje é romper esse contrato e abrir uma nova licitação. Porque o contrato vai até 2025, só que até lá o prejuízo será muito grande para a população”, disse.
Chico Brasileiro lembra que se observado, será constatado que a empresa de transporte coletivo não está cumprindo com o contrato integralmente. “Não estão oferecendo as linhas previstas, condições adequadas para os usuários, não estão cumprindo com o que deveria. Estão alegando pandemia, mas nesse estágio atual que na cidade está tudo funcionando é bem diferente no período em que a cidade estava com vários setores fechados, hoje só não temos os alunos fazendo o uso do transporte”.