Chico Brasileiro: “Estamos há um ano sem greve dos trabalhadores do transporte coletivo”
O prefeito Chico Brasileiro (PSD) disse nesta semana, que o atual sistema de transporte coletivo de Foz do Iguaçu é “totalmente transparente”, que pela primeira vez o Município tem o “controle da operação” e que o tema principal é, em discussão nas cidades, em relação a mobilidade urbana, é oferecer um serviço acessível, barato e com mais qualidade à população. “Ouso dizer que pode ter um sistema de transporte igual ao de Foz do Iguaçu, em termos de transparência, mas mais transparente não existe”.
Recorda o GDia que a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pela Câmara dos Vereadores, segundo Chico Brasileiro, é o papel do legislativo e não será a primeira e nem a última a tratar das questões dos executivos nas Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais. “Eles (os vereadores) vão trabalhar e levantar tudo. O sistema é transparente, o cidadão sabe de onde o ônibus chega, de onde o ônibus sai, quanto os ônibus custam”, disse.
“Faz mais de um ano que em Foz do Iguaçu não tem uma greve no sistema transporte coletivo, os trabalhadores recebem seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), recebem seu salário em dia. Acabou aquela coisa triste que era todo mês uma greve para prejudicar os trabalhadores, para aumentar os valores da passagem”, asseverou o prefeito.
Antecipação
Chico Brasileiro reitera que esse tipo de pressão acabou na mudança do sistema de transporte urbano. “Não é aquele mais que o empresário manda, e sim a prefeitura quem manda. Estamos indo por um caminho muito bom, e tem gente querendo a volta do antigo consórcio, com saudades, querendo que ele volte logo”.
As questões técnicas, da lisura e transparência do atual contrato não preocupam o prefeito. “O que preocupa é o jogo político, a antecipação do processo eleitoral, as pessoas já pensando na eleição e não na discussão de projetos que resultem no bem estar da sociedade. Vamos melhorar o transporte coletivo, mas vamos pensar em um projeto sério, que seja condizente e viável para a cidade”.
“Fazer política não se resume em tentar inviabilizar que governos atuem e ter ganhos políticos com CPI ou com qualquer outra ação deste porte”, completa.
Tarifa zero
A extensão da gratuidade a estudantes, idosos e outros segmentos, disse Brasileiro, é tema central dos gestores e prefeitos das cidades do país inteiro. “Buscamos viabilizar formas de ter um transporte mais acessível, um transporte de melhor qualidade, um transporte mais justo para o cidadão e um transporte mais barato possível”, comentou.
“Tem várias propostas no Congresso Nacional. Estive em Brasília semana passada e vários prefeitos estão trabalhando nesta questão com o governo federal para que tenhamos um financiamento para a gratuidade ou pelo menos um preço bem acessível. E que a gente diminua o número de carros nas ruas, porque as cidades estão ficando inviabilizadas com tantos carros e por isso é necessário o transporte barato e de qualidade”, completa.
A CPI da Câmara de Vereadores foi criada na última sexta-feira (15), em um requerimento assinado por todos os vereadores. Ela será composta por três dos 15 parlamentares da Casa. A maioria são integrantes da oposição ao prefeito. O grupo terá como presidente o vereador Galhardo (Republicanos), Marcio Rosa (PSD) relator e Protetora Carol Dedonatti (PP) como membro.