Cinco cidades do Paraná vão fazer controle biológico do mosquito da dengue

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Uma solução já testada em Jacarezinho, divisa com São Paulo, acompanhado pela 19ª Regional da Secretaria Estadual de Saúde, constatou a eficácia no controle do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, entre outras doenças O processo desenvolvido pela Forrest Brasil, subsidiária da israelense Forrest Inovations, utiliza a tecnologia chamada de “inseto estéril”. 

O controle natural de vetores (CNV) foi desenvolvido inteiramente no Paraná pela startup incubada no Tecpar em Araucária, que agora deixa o instituto para iniciar suas operações empresariais também no norte paranaense.

Iniciando o ano epidemiológico da dengue, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, manifestou ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o desejo de utilizar esta nova ferramenta ao lado de outras modalidades de combate à doença.

Inseto estéril

Como o CNV da Forrest Brasil é uma técnica de manejo biológico, as ações de planejamento iniciam-se com antecedência, com uma colônia de Aedes aegypti para cada região a ser tratada, gerando os insetos estéreis e para um tratamento em larga escala. A iniciativa propicia um sistema de controle biológico para a eliminação/controle do mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya

A redução do número de insetos no ambiente tem sinergia com outras técnicas de controle biológico em estudo pela Fiocruz, como ao inseto infectado pela bactéria Wolbachia sp.

A drástica redução no número de mosquitos no ambiente propiciada pelo CNV, facilita a substituição dos mosquitos remanescentes por mosquitos infectados pela Wolbachia, gerando um processo de controle natural, eficaz e seguro para pessoas e meio-ambiente.

Municípios

O controle natural de vetores usará a dispersão de cerca de 12 milhões de mosquitos machos estéreis em quatro municípios paranaenses (Uraí, Ibiporã, Ortigueira e Cambará), além de Jacarezinho, pois os machos da espécie Aedes não picam, sendo um processo totalmente seguro para a população.

“Somente as fêmeas do inseto são responsáveis pela propagação das doenças, pois ela necessita do sangue para nutrir seus ovos. Uma das características desta espécie de mosquitos é que a fêmea realiza apenas um único acasalamento em todo seu ciclo de vida. Após acasalar, as fêmeas rejeitam outros machos e partem a picar pessoas e depositar seus ovos no ambiente”, disse Renato Menezes, diretor de Operações da empresa.
 
Menezes adianta que como a Forrest dispersa milhões de machos estéreis no ambiente, a maioria das fêmeas acasalam com esses machos. “Seus ovos portanto não eclodem, provocando uma redução natural da população de mosquitos de mais de 90% já no primeiro ciclo de tratamento. No segundo ciclo, a eliminação é praticamente total”, explicou.

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