Cmei de Foz avança em conscientização sobre dengue e recebe apoio da comunidade escolar

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Município está em situação de emergência devido o grande número de casos notificados e confirmados da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

A conscientização e o enfrentamento ao Aedes aegypti mosquito transmissor da dengue marcou a semana do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ariano Suassuna, na região Sul de Foz do Iguaçu. No período, foram realizadas atividades pedagógicas e muitas práticas dos professores e agentes de apoio com as crianças em sala de aula. A comunidade escolar interagiu com a higienização do pátio. O município está em situação de emergência diante do risco de epidemias por doenças transmitidas por vetores, incluindo chikungunya, vírus da zika e febre amarela urbana.

“Durante toda a semana as crianças trabalharam com o Projeto Dengue”, informou a instituição, em seu perfil no Facebook. As atividades sensibilizaram a comunidade escolar que, a partir de um convite de Joel Liberato e Aline Regina, avô e mãe do aluno Cauã, do Infantil 4 C, “voluntariamente” no sábado (18) convidaram alguns amigos, e participaram de um mutirão de limpeza no pátio do Cmei. “Agradecemos a dedicação de cada um! Muito obrigada!”, conclui a postagem ilustrada com fotos do resultado desta união.

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A unidade de ensino, com aproximadamente 400 alunos e sob a direção da professora Vera Lucia de Oliveira Lisboa, usou a rede social para mostrar algumas destas atividades práticas de conscientização e enfrentamento a epidemia que levou o município a decretar situação de emergência. “A turminha do Maternal I B já está travando uma luta contra o mosquito transmissor da dengue”, destaca a instituição.

“Os pequenos montaram uma maquete com material reciclável, tinta guache e massinha de modelar sobre o ciclo de reprodução do mosquito e como é importante não manter água parada para vencermos essa batalha”, informa a postagem ilustrada com imagens da equipe pedagógica com os alunos. “Para treinar a coordenação e a interação com os amigos, fizeram um boliche contra o mosquito”.

Programação pedagógica

O Ariano Suassuna desenvolve toda a grade de atividades e ações definidas pela Secretaria Municipal de Educação. Entre as pedagogias previstas estão aulas especificas, do Berçário II A e aulas práticas sobre os “Órgãos dos Sentidos”, realizadas com as “turminhas” do Infantil 5 A e 5 C durante a semana. “Essa semana foi marcada por diversas atividades relacionadas à higiene no Maternal I B”, revelam as postagens.

“As crianças aprenderam a importância da higiene conhecendo produtos, dando banho nas bonecas e aprendendo como os germes “fogem” das mãos ao serem lavadas corretamente”, conclui a nota. Já a “turminha” do Berçário II C participou de uma atividade com a intenção de “ensinar e estimular os hábitos de higiene pessoal, demonstrar a importância dos cuidados com o corpo e da higiene, identificar e promover a utilização dos objetos de higiene pessoal”.

Emergência

O prefeito Chico Brasileiro decretou, na última quarta-feira (15), a situação de emergência em Foz do Iguaçu, estabelecendo medidas mais rígidas para combater os vetores que causam doenças como dengue, chikungunya, vírus da zika e febre amarela urbana. O decreto nº 31.240 considera que o município está em uma região endêmica para o vírus da dengue e que o período atual é o sazonal da doença. São mais de 16,8 mil casos notificados e 1.103 confirmados no ano epidemiológico 2022/2023. Neste período já foram contabilizados três óbitos pela doença.

Desde 27 de fevereiro, o município está em situação de epidemia. Além disso, conforme memorando enviado pela Secretaria Estadual de Saúde, o Paraná também está em alerta da circulação do vírus da chikungunya. “Estamos com uma alta demanda em toda a rede municipal de saúde, e também na particular, de pessoas com sintomas de dengue”, ressaltou o prefeito. Ele lembrou que, além dos iguaçuenses, tem a procura de pessoas vindas dos países fronteiriços.

“Por isso, se fazem necessárias medidas mais urgentes para o combate ao mosquito transmissor da doença. Precisamos do esforço de toda a população”, completou Chico Brasileiro. Conforme o decreto, durante a situação de emergência, todos os proprietários e/ou responsáveis de imóveis no município deverão cumprir os artigos 8º, 13 e 14 da Lei Complementar nº 07, de 18 de novembro de 1991 (Código de Posturas). Terão que fazer a limpeza e manter asseados os quintais, terrenos e edificações, retirando todo o mato, lixo e materiais que acumulem água e possibilitam a criação do mosquito.

Penalizações

A partir da publicação do decreto, ficam estabelecidos três dias para que todos os proprietáriose e/ou responsáveis cumpram a determinação do Código de Posturas e deem a devida destinação aos resíduos. Aqueles que não cumprirem serão autuados, com multas que podem variar de 1 a 100 Unidades Fiscais – UFFI.

Os casos em que houver material com água parada e larvas do mosquito Aedes aegypti justificarão maior valor. A multa será aplicada em dobro ao proprietário e/ou responsável que não fizer a limpeza mesmo após a autuação, conforme previsto na lei complementar nº 07/1991. Ainda conforme o decreto, independentemente do auto de infração, a administração pública poderá fazer a limpeza do imóvel e lançar a cobrança da taxa de limpeza de terreno baldio, prevista no Código Tributário Municipal.

Em casos de imóveis em situação de abandono, da ausência ou recusa de pessoa que permita o acesso de agente público regularmente designado e identificado, poderá ser executado o ingresso forçado, seja em imóvel público ou particular, na forma prevista na Lei Federal nº 13301, de 27 de junho de 2016.

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