Com crise no setor de eventos, produtoras se unem para aumentar número de clientes em 2021

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Para fortalecer ainda o mercado de transmissões ao vivo, a Apple Produções acaba de adquirir a Flex, em um negócio que movimentou R$ 25 milhões

O setor de eventos encarou uma das piores crises de sua história por causa da pandemia do novo coronavírus. Muitas empresas viram o faturamento zerar e tiveram que demitir funcionários. Foi o caso da Flex, produtora fundada em 2012 por André Luis, com foco em equipamentos e mão de obra especializada em som, luz e imagem.

Somente a reinvenção poderia salvar a empresa. A saída foi apostar nas lives (transmissões ao vivo), principalmente as de grande porte, que garantiram receita recorrente no primeiro semestre. Nos últimos seis meses do ano, a situação melhorou e a Flex voltou a faturar, emplacando grandes eventos como a Expert XP 2020, organizado pela gestora de investimentos XP, e a Comic Con Experience (CCXP), produzida pelo Omelete Group.

Para esses encontros, a empresa colocou à disposição dois serviços lançados em 2020: o GoLive Experience, que combina infraestrutura, tecnologia e conteúdo; e o Area451, um complexo de estúdios criado sob medida para a realização de eventos à distância – são quatro estúdios profissionais, com camarins e áreas de alimentação, em uma área de mais de 4 mil metros quadrados.

A transformação chamou a atenção do até então concorrente Gijo Pinheiro, CEO da Apple Produções. Fundada nos anos 1980, a produtora atuava de forma parecida com a Flex – a diferença é que contava com mais equipamentos para aluguel. “As nossas conversas começaram antes mesmo da pandemia”, diz Pinheiro.

Segundo Luis, havia uma expectativa de que uma possível união com a Apple poderia deixar as operações mais eficientes. “Empresas com mais história conseguem ter uma rentabilidade maior, acumular ativos e consequentemente reinvestir mais. Para nós, isso era interessante.”

Ao observar a migração da Flex para os eventos digitais e transmissões ao vivo, Pinheiro entendeu que era a hora de propor a aquisição. Assim, as duas empresas atenderiam mais clientes e se fortaleceriam na pandemia. O negócio foi fechado no valor de R$ 25 milhões – o valor inclui a compra do negócio mais a abertura de filiais em Goiânia (GO) e Foz do Iguaçu (PR). Com isso, Luis passou a se tornar vice-presidente da operação, enquanto Pinheiro segue como CEO.

Agora, os dois torcem por tempos melhores. Os sócios acreditam que as transmissões totalmente digitais ainda serão mantidas pelo menos durante o primeiro semestre de 2021. Já no segundo, com a perspectiva da vacinação, a expectativa é por eventos híbridos, capazes de reunir grupos menores de pessoas. Para 2022, eles acreditam que a demanda reprimida do público trará ótimos resultados. “Vai ser quente. Estamos otimistas”, diz Luis.

Por: Pequenas empresas e grandes negócios

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