Com falta de agentes e resistência de moradores, IBGE prorroga novamente o prazo para o fim do Censo

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Atualmente Foz conta com uma equipe de 180 recenseadores, que pretende visitar cerca de 90 mil domicílios na cidade (Foto: Divulgação/IBGE)

A falta de recenseadores, as chuvas frequentes e a resistência de alguns moradores atrasaram a coleta de dados para o Censo 2022 e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) precisou estender novamente o prazo. A previsão agora é de que o levantamento termine até o final deste mês e a entrega de dados ocorra no dia 28 de dezembro.

A ampliação no calendário abrange Foz do Iguaçu e outras regiões do Brasil. Esta foi à segunda prorrogação nos últimos 30 dias. Em 3 de outubro, o IBGE já havia estendido o término do levantamento de outubro para o início de dezembro.

No momento, dos 523 setores censitários existentes na fronteira, que correspondem a cerca de 156,9 mil domicílios, 47,8% já foram visitados e tiveram a pesquisa concluída com sucesso. Esta porcentagem remete a aproximadamente 74 mil domicílios já recenseados.

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Uma das maiores dificuldades dos agentes tem sido encontrar residentes de condomínios verticais e horizontais no município. De acordo com o escritório regional do instituto, muitos desses locais já foram visitados pelos agentes, que chegaram a deixar recados, porém não houve retorno.

“Tem pessoas que trabalham, ficam muito pouco tempo em casa. A gente tem deixado bilhetes com os telefones para os moradores entrarem em contato e agendarem a entrevista, mas em grande parte dos casos não há um retorno. Tem também aquelas pessoas que se sentem desconfortáveis com o questionário e se negam a responder, o que dificulta a coleta”, explicou a técnica do IBGE, Bruna Vieira.

Para quem ainda tem algum receio de fornecer dados para a pesquisa, o órgão lembra que o levantamento é totalmente sigiloso e que esta é a única ação de nível nacional que retrata a realidade dos brasileiros, sendo usada pelo governo para a elaboração de políticas públicas.

“O Censo é a única investigação domiciliar que vai a todos os municípios brasileiros. Então, traz atributos socioeconômicos que são fundamentais para o planejamento federal, estadual e municipal”, explicou Bruna.

A título de conhecimento, o Censo é realizado a cada 10 anos e estava previsto para 2020, mas foi adiado nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19 e de problemas orçamentários. O Supremo Tribunal Federal determinou, contudo, que o governo federal realizasse a pesquisa em 2022.

As pessoas que não se sentirem confortáveis em responder o questionário presencial têm a opção de colaborar com a pesquisa via internet ou telefone. Para isso é preciso receber o recenseador e comunicar a opção.

A colaboração para o levantamento dos dados é obrigatória, tendo como base a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de 1968 e com o Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973. A legislação determina ainda a multa de até dez vezes o maior salário-mínimo vigente no país, se o infrator for primário; e de até o dobro desse limite, quando reincidente.

Questionário

O Questionário Básico da pesquisa do Censo conta com 26 questões e investiga as principais características do domicílio e dos moradores. Além disso, uma parcela dos domicílios será selecionada para responder ao questionário da Amostra, que conta com 77 questões.

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