Segundo a Sesa, macrorregião oeste registrou picos de alta e de queda nas duas últimas semanas. Desde 1º de setembro, foram desativados mais de 700 leitos das alas Covid-19 no Paraná.
A macrorregião oeste do Paraná apresentou instabilidade no número de casos do novo coronavírus nas duas últimas semanas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Por isso, os leitos exclusivos para pacientes com a doença na região estão sendo mantidos.
De acordo com a Sesa, desde 1º de setembro, mais de 700 leitos das alas Covid-19 foram desativados no Paraná.
Em Cascavel, por exemplo, estão ativos 46 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 59 de enfermaria para casos da Covid-19.
“Nós temos uma preocupação adicional que é a circulação de pessoas pela Ponte da Amizade. Isso pode propiciar um acréscimo de pacientes contaminados, eventualmente, vindo do Paraguai ou com interesse no comércio internacional. Se isso ocorrer, nós analisamos o processo de acolhimento não só no município em que o paciente é infectado, mas em toda macrorregião para poder distribuir esses pacientes”, explicou o diretor de gestão em Saúde da Sesa, Vinicius Filipak.
A desativação leva em consideração, segundo a secretaria, a redução semanal de casos novos e a taxa de ocupação dos leitos.
O principal motivo das desativações é econômico, pois cada leito clínico tem o gasto mensal de R$ 9 mil. Os leitos de UTI custam R$ 24 mil por mês, segundo a Sesa.
De acordo com o governo do estado, os leitos desativados poderão voltar a funcionar a qualquer momento, caso exista necessidade durante a pandemia.
Conforme a Sesa, até o dia 6 de novembro foram desativados 722 leitos no estado, principalmente, nas macrorregiões leste e norte:
- 232 leitos de UTI adulto
- 27 leitos de UTI pediátrica
- 438 leitos de enfermaria clínica
- 35 leitos de enfermaria pediátrica
Cascavel é carente na oferta de leitos de UTI e, por isso, a Sesa acredita que exista a possibilidade dos leitos criados durante a pandemia serem mantidos na região.
“Nós temos a expectativa de manter até 30 leitos adicionados à rede na macrorregião oeste, pode ser um pouco mais ou um pouco menos. Vamos ter que analisar a condição financeira de cada hospital que mantém o leito ativo, a nossa condição de manter o financiamento”, disse o diretor de gestão.
Por: G1