Ordem de serviço foi assinada nesta terça-feira (6) pelo diretor-geral brasileiro, Enio Verri, e pela prefeita Karla Galende. Investimento previsto é de R$ 7,2 milhões
Na véspera do Dia Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, comemorado nesta quarta-feira, dia 7 de junho, a Itaipu Binacional e a prefeitura de Santa Terezinha de Itaipu assinaram a ordem de serviço para a construção de uma Unidade de Valorização de Resíduos Orgânicos (UVRO), com investimentos de R$ 7,2 milhões.
A unidade terá 2 mil metros quadrados de área construída e será instalada ao lado do aterro sanitário, com prazo previsto de sete meses para a conclusão. A operação será da Associação dos Catadores de Resíduos Recicláveis e/ou Reaproveitáveis de Santa Terezinha de Itaipu (Acaresti), que já é responsável pela gestão dos resíduos sólidos no município.
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A cerimônia de assinatura da ordem de serviço ocorreu nesta terça-feira (6), na prefeitura de Santa Terezinha de Itaipu. A prefeita Karla Galende disse que o valor destinado ao projeto (R$ 7,2 milhões) é o maior repasse financeiro de convênio já feito pela Itaipu ao município. O recurso será usado na construção, equipamentos, mobiliário, veículos, assessoria ambiental e capacitação.
“Esse é o momento de agradecer a Itaipu por acreditar no nosso trabalho e na nossa equipe. Temos a responsabilidade em inovar e compartilhar as soluções implantadas aqui e replicá-las para outros lugares, oportunizando a transformação na vida das pessoas e no meio ambiente”, afirmou.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, lembrou que Santa Terezinha já é referência no tratamento e destinação de resíduos sólidos, com a operação da Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR), que tem apoio da Binacional. O tratamento de resíduos orgânicos complementa este trabalho, com resultados ambientais e econômicos.
“O adubo produzido na unidade poderá abastecer hortas comunitárias, beneficiar a agricultura familiar da região e gerar emprego e renda para os trabalhadores. Essa é uma primeira experiência da Itaipu em todo o Estado e esperamos fazer daqui uma matriz para reproduzir nos demais municípios do Paraná”, destacou.
O presidente da Acaresti, Antonio Candido de Moraes, disse que a unidade será importante para fortalecer a coleta no município. A atual unidade para recicláveis processa entre 120 e 140 toneladas por mês, beneficiando aproximadamente 40 famílias, com renda média mensal entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil.
Antes do lançamento da unidade de recicláveis orgânicos, acompanhados da prefeita Karla Galende, Enio Verri e equipe visitaram a UVR. “Eu fiquei muito feliz em ver a eficiência do trabalho realizado pelos catadores. Espero que a Acaresti continue sendo esse modelo para outros Estados, para que mais projetos dessa magnitude possam existir em todo o nosso país”, afirmou o diretor-geral.
Processamento
A Unidade de Valorização de Resíduos Orgânicos de Santa Terezinha de Itaipu terá capacidade para processar até 305 mil quilos de resíduos por mês, gerar 12 mil quilos de composto orgânico (adubo) e empregar 20 pessoas.
A implantação, entretanto, será progressiva. No primeiro ano, o foco serão os grandes geradores de resíduos, com o processamento de 107 toneladas de resíduos e geração de 4,2 mil quilos de composto. A partir do terceiro ano, a coleta irá avançar para bairros e residências, com a unidade alcançando a capacidade total de processamento em cinco anos.
Os resíduos orgânicos podem ser sobras de alimentos, da poda, capina e roçagem, por exemplo. O sistema de compostagem será por camadas (ou leiras), intercalando os materiais orgânicos e verdes. O resultado é um adubo natural (humus), que poderá ser distribuído e/ou comercializado pela Acaresti.
A ideia é fazer com que apenas os rejeitos sejam encaminhados para o aterro sanitário, aumentando a sua vida útil e reduzindo as chances de contaminação.