Comerciantes de Ciudad del Este querem imposto de 4% para fazer frente a lojas francas de Foz do Iguaçu

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Foto: Arquivo GDia

A reabertura da Ponte Internacional da Amizade, fechada desde 18 de março devido a pandemia do novo Coronavírus, não é o único fator que tira o sono dos empresários de Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Os comerciantes querem que o governo federal crie um imposto único de 4% nos produtos importados, para conseguir fazer frente às lojas francas (free shops) que estão abrindo em Foz do Iguaçu.

O centro comercial de Ciudad del Este, conhecido pelas vendas de produtos tecnológicos importados de última geração, abriga 4,7 mil estabelecimentos constituídos. Aproximadamente 60% permanece com as instalações físicas fechadas, informa a Câmara de Comércio. O índice pode chegar até 80%, diz o presidente Juan Vicente Ramirez. Mais de 75 mil pessoas ficaram sem opção de renda.

A reabertura da Ponte da Amizade depende do governo federal dos dois países e não tem data para acontecer. Mas a volta do trânsito fronteiriço não é a única solução para os problemas, na avaliação dos empresários de Ciudad del Este. A questão é, como manter a competitividade com preços baixos para atrair compradores do Brasil e outros países, já que os mesmos produtos estarão disponíveis nas lojas francas de Foz do Iguaçu.

Caminhos

A Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este está atenta e já busca possíveis caminhos para resolver esta equação. Um deles é a unificação dos impostos. Nas lojas francas de Foz do Iguaçu, os mesmos produtos disponíveis no lado paraguaio, tem tributação de 6% dos importados e 3% dos itens desnacionalizados (produzidos no país). 

Em Ciudad del Este, as taxas vão de 2%, 4%, 8% a 40%, destaca a imprensa. A intenção é criar um imposto único de 4% sobre os produtos, informa Oscar Manuel Airaldi Roux, consultor da Câmara de Comércio local, e representante na Equipe Econômica Nacional, onde é analisado um regime de turismo para cidades fronteiriças.

Airaldi Roux afirmou à rádio La Clave, que os acordos precisam ser finalizados. “Uma roda que não tem solução deve ser trocada. O modelo de remendos não funciona, tudo isso simplesmente explodiu porque veio o Covid, que gerou uma crise econômica, depois uma crise social, que é chamada de pandemia de fome e não há como detê-lo, se não for uma solução fundamental”, comentou.

Por: GDia

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