Comitê pede o apoio da população para evitar nova epidemia da dengue em Foz do Iguaçu

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O Comitê da Dengue e as autoridades em saúde de Foz do Iguaçu estão reforçando o pedido de apoio da população para evitar uma nova epidemia da doença na cidade. O alerta foi reforçado na manhã desta quarta-feira (16) durante uma coletiva de imprensa, realizada na sede da Vigilância em Saúde.

De acordo com os dados do último boletim epidemiológico, publicado nesta terça-feira (15), já foram notificados 444 casos de dengue, com 83 confirmações. Esses números são muito semelhantes ao mesmo período do ano passado, quando a cidade passou posteriormente por uma das piores epidemias de sua história.

O levantamento aponta que na primeira semana de agosto de 2019 foram registrados 55 casos, enquanto no mesmo período deste ano, o sistema notificou 68 pessoas com dengue. O cenário atual coloca a cidade como área de risco para a transmissão do Aedes Aegypti e pode levar a uma nova onda de contaminação ainda em dezembro deste ano.

Segundo o chefe da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, o contexto neste ano é ainda mais grave por conta da pandemia da Covid-19 e da ocupação de leitos de UTI em sua capacidade máxima.

“Tivemos epidemias recorrentes nos últimos anos, mas desta vez é mais grave porque temos uma pandemia em curso. Somente no ano passado, foram 26 mil casos notificados e os números começaram muito semelhantes ao do mesmo período deste ano, o que sinaliza para um novo surto”, argumentou.

Apoio

A mobilização visa construir uma grande rede de apoio para sensibilizar com antecedência a população quanto aos riscos de um novo surto da doença.

“Pedimos a colaboração da comunidade, para que cada um faça a sua parte, porque a doença afeta a todos. A pandemia trouxe a importância de pensar no outro, e, com a dengue, é a mesma coisa, precisamos que a comunidade se conscientize para evitar um colapso daqui a uns meses”, reforçou o Chefe do CCZ, Carlos de Santi.

Os dados da vigilância epidemiológica apontam que o combate à dengue é uma tarefa coletiva e depende principalmente do morador. Cerca de 80% dos focos do mosquito estão nos interiores das residências e nos quintais.

“Temos feito vistoria nos imóveis, mas por conta dos cuidados impostos pela pandemia não conseguimos acessar totalmente o interior das residências, esse é outro fator que torna fundamental a conscientização da população”, complementou.

Medidas

Além da mobilização educativa, o Comitê da Dengue e a rede assistencial já estão trabalhando no novo Plano de Contingência da doença e tomando as providências necessárias para reforçar o enfrentamento ao Aedes Aegypti.
“Estamos estudando a compra de um caminhão de hidrojato para auxiliar na limpeza de bueiros, que são as fontes ocultas de criadouros do mosquito e também adotaremos ações estratégicas como os mutirões realizados no começo do ano e o fumacê”, acrescentou Santi.

De acordo com ele, o comportamento do mosquito também será melhor avaliado com a conclusão do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices do Aedes Aegypti) na próxima semana.

“A partir do LIRAa poderemos adotar as medidas estratégicas nas regiões mais afetadas pelo mosquito”, completou.

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