Comunidade iguaçuense deve decidir sobre o Bosque Guarani, afirma Sâmis

A administração do Bosque Guarani é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente com a responsabilidade de adoção das medidas necessárias para o controle
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Fotomontagem: William Henrique/Arquivos Google

O pré-candidato a prefeito Sâmis da Silva (PSDB) disse que a população deve ser consultada sobre a proposta de concessão do Bosque Guarani para exploração da iniciativa privada.

“A proposta vigente é transformá-lo num parque para que a população possa desfrutar de uma área de lazer em meio a mata nativa. É importante que a comunidade seja consultada. Qual a sua história com o Bosque Guarani? Como você gostaria de ver esse espaço sendo utilizado no futuro?”, pergunta Sâmis em vídeo gravado nas redes sociais.

Em março deste ano, o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu (Fundo Iguaçu) chegou a destinar R$ 300 mil para contratação de serviços de consultoria para elaboração do plano de manejo, do projeto básico e caderno de encargos da utilização do bosque, o que os ambientalistas apontam como o primeiro passo para privatizá-lo. O encaminhamento desta proposta aguarda análise do Ministério Público (MPPR).

Sâmis da Silva lembrou das intervenções nos governos Dobrandino da Silva e dele para a revitalização deste trecho da Mata Atlântica de 3,81 hectares (38,1 mil metros quadrados) no centro da cidade. “O Bosque Guarani é um exemplo de recuperação ambiental em Foz do Iguaçu. Em 1996, na gestão do meu pai, Dobrandino, esses quatro hectares de Mata Atlântica foram recuperados e transformados num importante espaço de lazer, turismo e educação ambiental”, destacou.

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“Quando assumimos a prefeitura em 2001, revitalizamos todo esse espaço transformando no terceiro maior zoológico do Paraná. Com o crescimento e urbanização da região, esse espaço precisou ser desativado e os 150  animais abrigados foram transferidos para espaços apropriados para as espécies”, completou.

Parque Municipal

A proposta do Fundo Iguaçu previa o zoneamento e normas para o uso e aproveitamento da área, manejo dos recursos naturais e diretrizes de gestão e operação do bosque por concessão, em parceria público-privada, “visando o aproveitamento ambiental, turístico, histórico, cultural e econômico da área”.

Em 2023, o decreto 31.350/23 criou o Parque Natural Municipal do Bosque Guarani para preservação, realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e de turismo ambiental. A área foi declarada de utilidade pública, prevendo medidas para corrigir irregularidades de propriedade, tal como a desapropriação dos imóveis que formam o Bosque Guarani.

A administração do Bosque Guarani é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente com a responsabilidade de adoção das medidas necessárias para o controle, proteção e implementação dos encargos relativos à nova unidade de conservação municipal.

O parque municipal, segundo noticioso da prefeitura, representa uma área verde de significativa importância para Foz do Iguaçu, caracterizado não apenas pela relevância ambiental, mas também pelo seu valor turístico, histórico e cultural. “Diante disso, a elaboração do plano de manejo e do projeto básico torna-se indispensável para a requalificação e o fomento do uso sustentável deste espaço público tão emblemático.”, diz a nota.

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