Nas hortaliças e verduras, destaca-se o aumento de 32% no preço da alface, em consequência da oferta reduzida na safra de inverno
O Índice de Preços ao Consumidor de Foz do Iguaçu (IPC-Foz) manteve-se estável no mês de julho, com pequeno aumento de 0,22% em relação ao mês anterior. Desde maio, o IPC-Foz, que mede a variação dos produtos da cesta básica, vem apresentando pequenos aumentos, refletindo uma demanda pouco aquecida no período de pandemia.
As maiores altas nos preços em Foz do Iguaçu foram nas hortaliças e verduras (12,51%), frutas (11,39%), e enlatados e conservas (8,4%). Já os itens que apresentaram redução no período foram os tubérculos, raízes e legumes (-12,9%), aves e ovos (-7,4%), e cereais e leguminosas (-5,3%). Os dados são do levantamento mensal do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas da UNILA (Cepecon).
Nas hortaliças e verduras, destaca-se o aumento de 32% no preço da alface, em consequência da oferta reduzida na safra de inverno. Outro produto que também aumentou no período foi o cheiro-verde, que está 8,3% mais caro. Em compensação, o preço do repolho reduziu 24,7% em julho.
Entre as frutas, a banana-caturra teve o maior aumento nos preços, cerca de 33,8%. O período de safra se encerrou nas regiões produtoras, como o Vale do Ribeira-SP e o norte de Santa Catarina, reduzindo a oferta no mercado. Além disso, o ciclone atingiu parte das regiões produtoras, diminuindo ainda mais a oferta nacional. Outras frutas que também tiveram aumento nos preços foram a laranja, com alta de 10,6%, e a maçã, com aumento de 11,1%. O preço da tangerina, por outro lado, reduziu 33,8%.
Os consumidores iguaçuenses também estão pagando menos pela batata, que apresentou redução de 43,2%. O tubérculo está no pico da safra de inverno e a colheita está acelerada, aumentando a oferta no mercado e impactando diretamente nos preços. A maturação acelerada das semanas quentes de junho aumentou a oferta no mercado, ocasionando, assim, a diminuição dos preços. A cebola também está 4,2% mais barata em decorrência do aumento da oferta do bulbo no mercado nacional.
O preço das carnes apresentou aumento de 1,2% no último mês. Entre os destaques está o aumento no preço do coxão mole e da alcatra, de 11,1% cada. Já a carne de porco aumentou 10,6% e o patinho, 7%. No mês de julho, ficou 17,7% mais barato comprar paleta bovina e 13,8% mais barato a compra do contrafilé.
O frango inteiro também reduziu no período pesquisado, cerca de -14,4%. Os ovos estão aproximadamente 12% mais baratos. Entre as bebidas, destaca-se o aumento de 6,2% no preço do chá, típico do período de inverno. O suco de frutas ficou 11,7% mais barato e a cerveja reduziu 1%. No item Leite e derivados, o destaque está na redução de 17,6% no preço do leite em pó e de 1,2% no leite UHT.