De monitoramento por drones à segurança da barragem, PTI mira em soluções que podem ser replicadas

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O trabalho será basicamente voltado para o agronegócio, turismo e cidades, energias e segurança de infraestruturas

O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) possui, atualmente, 97 projetos que atendem tanto às necessidades da usina de Itaipu, mantenedora da instituição, quanto buscam reduzir a dependência econômica em relação à hidrelétrica e garantir a sustentabilidade do Parque. Dentro dessa meta, um dos desafios é criar cada vez mais soluções que possam ser replicadas em outras usinas e também gerar negócios para o Parque.

Com esse objetivo, foram definidos quatro grandes temas de atuação: agronegócio, energias, turismo e cidades, e segurança de infraestruturas. No início do ano, o Parque abrigava 169 iniciativas, mas muitas delas não tinham aderência à missão da Itaipu, de “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. Menos projetos, mas com mais resultados e mais eficiência é o novo rumo que o Parque está tomando.

Atualmente, 29 projetos são referentes à segurança de barragens e oito tratam do tema automação e simulação de sistemas elétricos. Os projetos de segurança de barragens complementam um trabalho que a Itaipu realiza desde a época da construção da usina e reúnem pesquisas, por exemplo, sobre o comportamento fluidodinâmico de turbinas hidráulicas e sobre a alteração de rochas em sistemas de drenagem de barragens de terra. Já os projetos de automação e sistemas elétricos têm como foco o desenvolvimento de soluções customizadas às necessidades da área técnica da usina.

Embora a Itaipu seja a principal demandante nessas áreas, os trabalhos desenvolvidos no PTI podem atender outras usinas e empresas do setor elétrico. Isso porque outra diretriz da nova gestão do Parque Tecnológico, que tem no comando o general Eduardo Castanheira Garrido Alves como diretor superintendente, o diretor administrativo-financeiro, Flaviano da Costa Masnik, e o diretor técnico, Rafael José Deitos, é garantir a sustentabilidade da instituição, reduzindo a dependência de sua mantenedora.

“A expertise adquirida pelos profissionais do Parque Tecnológico no atendimento à maior usina geradora de energia do mundo pode ser aproveitada por outras empresas que tenham necessidades semelhantes”, explica o diretor técnico. Um novo planejamento estratégico do Parque está sendo estruturado exatamente para essa independência se torne realidade.

Dentro da linha dos quatro temas escolhidos pelo PTI estão em andamento, por exemplo, ações do Núcleo de Inteligência Territorial, que fornece informações para a Itaipu assegurar a segurança hídrica e a conservação da biodiversidade do território.

O monitoramento por drones é outra iniciativa em execução. Os equipamentos têm auxiliado o monitoramento e o acompanhamento de obras do PTI e da Itaipu, como o caso da segunda ponte, que está sendo construída sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, no Paraguai. A obra é bancada pela margem brasileira de Itaipu.

O desenvolvimento de uma nova versão das baterias de níquel-sódio, com célula planar, que poderão ser usadas em uma vasta gama de aplicações, é mais um exemplo dos projetos que o PTI tem dado continuidade dentro deste novo planejamento.

“O Parque Tecnológico Itaipu tem muito a oferecer para a região e para o Brasil. Atendendo às demandas da Itaipu e buscando novos negócios, queremos dinamizar esse ecossistema de desenvolvimento tecnológico e de inovação, criar um ambiente colaborativo e incentivar o empreendedorismo, impulsionando o crescimento social e econômico de Foz e região”, ressalta Deitos.

A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh.

Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh.

Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.

Fotos: Kiko Sierich

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