A audiência que discutiu a regulamentação da profissão de guia de turismo em Foz foi aberta pelo Presidente da Casa, vereador Ney Patrício (PSD), conduzida pela proponente: vereadora Anice Gazzaoui (PL) e contou com a participação dos vereadores: Adnan El Sayed (PSD), Edivaldo Alcântara (PTB). O debate atendeu ao Requerimento nº 901/202. Uma das maiores demandas apresentadas foi a fiscalização dos serviços de guia no município, como forma de proteção à profissão.
A vereadora Anice Gazzaoui (PL) memorou “em pleno momento de pandemia estávamos aqui trabalhando a iniciativa do Foz Conhecendo Foz e tivemos muitas resistências. O programa foi 100% custeado pelo município de Foz”. “A luta dos guias também é nossa. O debate vai servir para ampliarmos a discussão e o entendimento”, disse Ney Patrício (PSD).
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Ana Paula Kluck, assessora da Liga Independente dos Guias de Turismo de Foz, falou sobre as leis que tratam do trabalho dos guias em outros municípios. “Em Petrópolis já existe um posto de fiscalização de grupos que chegam na cidade e devem ter guias. Em Mato Grosso também há bons exemplos. Em Mato Grosso do Sul, que é o caso de Bonito, eu estive lá e verifiquei o trabalho que eles fazem. A lei lá entrou em vigor em 2002”.
Participaram também: Rosmari Ritzel, da OAB; Elaine da Luz, representando escritório regional da Paraná Turismo; Paulo Angeli, secretário de turismo de Foz; Jean Mezomo, chefe de gabinete do prefeito; Jacira Almeida, Diretora secretária do Sindicato dos Guias de Turismo de Foz; Luiz Carlos Queiroz, diretor secretário do sindicato dos trabalhadores em turismo.
Wagner Medeiros, da Liguia do Rio de Janeiro, pontuou: “começamos uma luta pela aprovação de uma lei de renda mínima estadual. Apresentamos a lei que foi aprovada, sancionado e trabalhamos em conjunto com outros sindicatos e associações de guias do Brasil a aí trabalhamos em conjunto para a fundação da Liguia de Foz”.
O secretário de Turismo, Paulo Angeli, “a gente estava vendo o que está acontecendo e tentando solucionar problemas antigos que temos no turismo”. O vereador Edivaldo Alcântara (PTB) defendeu maior efetividade da lei: “temos a lei há 15 anos e precisamos tirá-la do papel”.
Fiscalização dos serviços de guia
Carlos Alberto Silva, Presidente da Liga Independente dos Guias de Turismo, falou em defesa da fiscalização do serviço de guia. “Sou guia desde o início dos anos 1980 e temos lutado desde lá para que a profissão seja regulamentada. Nossa profissão é regulamentada pela lei 8.623/1993. A maioria dos guias é autônomo, MEI e para isso tem a possibilidade de uma pequena aposentadoria. Reconhecimento pelo trabalho até temos com a maioria das agências de receptivos de Foz, que contrata guias locais. Porém, existe um universo que não contrata. Não perdemos nada se houver a fiscalização dos guias. Foz tem cadastrados 1.066 guias, mas temos no máximo 400 ou 500 guias voltando no pós pandemia”.
Vitalino Capeleto, diretor presidente da CootraFoz e guia desde 2006, destacou: “o anseio dos guias é a fiscalização. Vemos ônibus e vans de fora transportando apenas com motorista”. Virginia Hauptman destacou: “os guias de Foz são os mais preparados para lidar com problemas aduaneiros”.
Tribuna livre
Jorge Dornelles, guia de turismo, disse “todo turista tem direito a ser informado. Quando a Cataratas ganhou a licitação, estava no projeto que iria ter um ônibus com guia. Eles nos prometerem um centro de visitação e não tem, muitos turistas que chegam em Foz saem sem nenhuma informação.
Alessandro, empresário em Foz há 17 anos, “graças ao trabalho desses profissionais minha empresa é reconhecida pela qualidade de atendimento”.
Eder Dornelles, da Liguia, memorou as dificuldades enfrentadas no período em que as atividades foram paralisadas pela pandemia. “Quando veio a pandemia, os guias fizeram fila que girava o quarteirão na Acifi para receber 150 reais. Depois, em outubro de 2020, consegui entrar no Macuco”.