Medida adotada anteriormente permitia ao setor exercer as atividades até às 23h, afirma a entidade
O novo decreto da Prefeitura, que retornou à bandeira amarela em Curitiba a partir desta quinta-feira (28), não respeita a essência das restrições previstas anteriormente no enfrentamento da pandemia Covid-19. Isso por que, manteve suspensas as atividades de gastronomia e entretenimento na capital.
O alerta é da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), que vê mais uma forma de perseguição ao setor. “Lamentamos que a essência não está sendo cumprida na totalidade, pois sempre na bandeira amarela os bares funcionaram sem restrições e o horário era as 23hs”, ressaltou em nota o presidente Fábio Aguayo.
A bandeira amarela foi retomada por decreto da Prefeitura de Curitiba depois de 61 dias em bandeira laranja, com restrições mais fortes. “Precisamos manter padrão e bom senso para sobrevivermos e pagar os impostos e taxas que estão chegando no começo do ano, como no caso do IPTU, que inclusive veio com reajuste de 11%”, ressalta.
Posicionamento
A entidade classista afirma que não é possível aceitar “perseguição ou discriminação somente com as nossas atividades, louvamos e agradecemos a abertura aos Domingos”. Fábio Aguayo espera uma abertura ao diálogo para “rever este posicionamento e decisão momentânea”.
No início da semana, a Abrabar participou com representantes da Abrasel e SindiAbrabar, de reuniões com a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal e Comando da Polícia Militar da Capital. A intenção articular uma agenda positiva para o setor de 2021 para a frente.
Alternativas
Para viabilizar as atividades do setor, a Abrabar defende que os bares sem cozinha trabalhem até às 20 horas, “para não ter problema com a questão da bebida alcoólicas”. Já os demais, que tem cozinha, trabalhem normalmente até às 22 horas, com a tolerância de esvaziar o estabelecimento até às 23 horas.
O horário será estabelecimento para última refeição e limpeza e higienização do estabelecimento para o dia seguinte de trabalho, conforme modelo adotado em São Paulo.
“Os empreendedores precisam pagar o salário do mês e impostos, tributos e taxas do começo do ano, como IPVA, IPTU e outros agregados para funcionamento dos estabelecimentos”, completa Aguayo.