Em entrevista à Rádio Cultura, Chico Brasileiro afirmou que Município e Estado agirão com rigor, dentro da lei, para garantir o cumprimento das medidas restritivas
O prefeito Chico Brasileiro disse nesta sexta-feira (14) que o Município e o Estado vão agir com rigor dentro da lei caso haja boicote contra as medidas restritivas determinadas pelas nove cidades do extremo oeste Paraná, entre elas, Foz do Iguaçu. “Vamos agir dentro da lei com eficiência, zelo e autonomia para para fazer a contenção da doença”, disse em entrevista à Rádio Cultura.
Chico Brasileiro reiterou ainda que defender a vida não é crime. “Quem está cometendo crime é quem está defendendo em público a desobediência civil, isso é crime. Agora, o prefeito que está tomando medidas restritivas para defender e remediar uma doença é cometer um crime? O que estão pregando é realmente uma inversão de valores”, disse.
Nenhum cidadão, reafirma o prefeito, pode ser achar acima da lei e o que está sendo incentivado por alguns setores é uma tentativa de anarquizar o enfrentamento à covid. “Isso não vamos permitir, porque a cidade é organizada e a sociedade tem parâmetros legais. Não é porque as pessoas que se acham poderosas porque têm dinheiro, que estão acima da lei”.
“Eu vou colocar todos os organismos, inclusive já comuniquei ao governo do Estado, que nós vamos agir com rigor para aqueles que descumprirem as medidas. O estabelecimento que não considerar as medidas será fechado por sete dias e, dependendo da gravidade, poderá ter até cassação de alvará de funcionamento”.
Vacina é o melhor remédio
O prefeito reiterou ainda que não há nenhum desprezo por parte do Município aos apoios e colaboração de setores da sociedade que contribuem no combate ao coronavírus e à covid. “Eu coloquei à disposição a telemedicina do município para acompanhar os pacientes que optarem por outro tipo de tratamento do que orientado pela ciência e autoridades sanitárias”, disse.
“É louvável a atitude das pessoas que querem ajudar, mas não podemos vender a ilusão para a sociedade, porque se tivesse essa solução o mundo todo já teria resolvido ou encontrado a cura da covid. A vacina é o melhor remédio”, completou.
Brasileiro afirma que foi declinado o apoio da prefeitura para ter um controle do acompanhamento sobre a eficácia ou se a medicação surtiu o efeito desejado. “Essa linha (tratamento precoce) não é reconhecida pela justiça. O próprio presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, em depoimento à CPI do Senado em Brasília disse que não reconhece essas medicações como tratamento para covid. Há um grupo de pessoas que defende esses medicamentos, mas não é o prefeito que tem que definir o remédio”.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é uma agência reguladora que fiscaliza a produção e consumo de produtos como medicamentos, agrotóxicos e cosméticos. A agência também é responsável pelo controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras. “Tem vários pacientes no hospital municipal que passaram por esse tratamento e estão lá entubados”, completou o prefeito de Foz do Iguaçu.