Defensor do horário de verão diz que Brasil deveria seguir exemplo do Paraguai

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Período com horário especial começa neste domingo (3) no país vizinho

Da coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo

Empresários do setor de turismo que querem a volta do horário de verão agora vão usar o exemplo do Paraguai para tentar convencer Bolsonaro a retomar a prática no Brasil. O horário especial começa no próximo domingo (3) no país vizinho e vai até março de 2022.

“Se até o Paraguai, que é binacional com o nosso país pela Itaipu, reconhece que o horário de verão é importante, o presidente e o ministro de Minas e Energia [Bento Albuquerque], precisam parar de ser teimosos mesmo sabendo que é uma alternativa viável e benéfica ao combalido setor do turismo”, diz o Fábio Aguayo, diretor da CNTur, que iniciou a pressão sobre o governo.

Ele afirma que o país vizinho entende que a mudança no relógio é uma estratégia para reduzir o consumo de energia elétrica neste momento. O movimento encabeçado por Aguayo desde junho ganhou apoio de outros setores, como restaurantes, shopping centers, entidades do setor elétrico e de defesa do consumidor.

O governo ainda sinaliza resistência. O Ministério de Minas e Energia já disse que a medida teria impacto limitado no consumo de eletricidade e não ajudaria a enfrentar a crise energética atual.

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou um estudo em que concluiu que a retomada do horário de verão não terá impacto no enfrentamento da crise energética, já que o programa não é mais garantia de economia de energia.

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