Depósitos da Receita Federal em Foz abrigam mais de R$ 400 milhões em produtos apreendidos

Além dos dois galpões anexos à alfândega, há mercadorias deste ano e de anos anteriores acondicionadas em 39 containers e oito carretas
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Foto: Divulgação/ Imagem do depósito da Receita Federal em Foz do Iguaçu

Os depósitos da Receita Federal em Foz do Iguaçu estão abarrotados de mercadorias apreendidas em operações realizadas na cidade e outros municípios da região. A soma total dos produtos já atingiu cerca de R$ 450 milhões, o maior volume contabilizado nos últimos cinco anos.

A variedade de itens é grande, mas o grande volume de celulares é um dos que mais chama a atenção. Somente neste ano já foram recolhidos 435 mil aparelhos dos mais diversos modelos e marcas.

A alta demanda por este tipo de mercadoria e o alto valor de mercado são os fatores que mais influenciam o descaminho. As apreensões na aduana da Ponte Internacional da Amizade são quase que diárias.

Importados sem o pagamento dos impostos devidos, os celulares não são considerados produtos ilegais e podem, após os trâmites judiciais, serem destinados a entidades filantrópicas para revenda em bazares voltados a arrecadação de fundos.

Entretanto, devido ao período eleitoral, as doações foram limitadas neste ano. Este é um dos fatores que contribuíram para o acúmulo de produtos nos espaços mantidos pela RFB. Somado a isso, também houve reforço nas fiscalizações.

Além dos dois galpões anexos à alfândega, há mercadorias deste ano e de anos anteriores acondicionadas em 39 containers e oito carretas, que também foram transformadas em depósitos improvisados.

Além dos telefones, também há constante apreensão de bebidas importadas de forma clandestina. De janeiro a agosto deste ano, a Receita já recolheu mais de 3,3 milhões de garrafas, três vezes mais que as apreensões em todo o ano de 2023.

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Na lista ainda aparecem os veículos (principalmente ônibus e vans), eletrônicos em geral, cigarros convencionais, cigarros eletrônicos, itens de informática, brinquedos e vestuário.

Com relação aos cigarros, em suas duas modalidades, também ocorrem apreensões quase que diariamente na tríplice fronteira. Em muitas situações os criminosos usam o Lago de Itaipu para fazer a travessia do produto de forma clandestina. Posteriormente as caixas são carregadas em carros, muitos com fundos falsos, e distribuídas para várias regiões do Brasil.

No que diz respeito aos cigarros eletrônicos, os chamados “vapers”, houve um crescimento de quase 52% no volume de produtos recolhidos neste ano. Já os cigarros comuns tiveram redução de 41% no número de apreensões.

Em todo o ano passado, as apreensões de contrabando, descaminho e tráfico realizadas pela Receita Federal em Foz atingiram R$ 580,6 milhões. O montante aumentou em mais de 20% quando comparado ao ano de 2022, que registrou R$ 449,1 milhões em mercadorias retidas.

Destinação

Uma boa parcela dos produtos apreendidos pela Receita Federal, como eletrônicos, produtos de informática, perfumes, brinquedos e outros são destinados, após os processos legais, para instituições beneficentes. As mercadorias podem então ser incorporadas para uso da própria instituição, ou vendidas em bazares para a aquisição de recursos.

Alguns itens também podem ser incorporados a órgãos ou instituições da administração pública direta ou indireta, nos níveis federal, estadual ou municipal, com personalidade jurídica de direito público, para a consecução de suas atividades típicas.

Produtos que não podem ser destinados são encaminhados para a destruição correta. CDs e DVDs piratas são triturados em grandes máquinas, por exemplo. Os cigarros também passam por um processo de trituração, onde o papel, filtro e fumo são separados.

Com informações do GDia

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