Deputados apontam avanços após reunião em Brasília na concessão proposta no Parque Nacional do Iguaçu

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Novo modelo de concessão deve incluir investimentos nas cidades lindeiras ao parque e manutenção do passe comunitário

Os deputados da bancada federal do Paraná e o prefeito Chico Brasileiro avaliam que as pautas levantadas pelas cidades lindeiras serão incorporadas ao edital da licitação da nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu. A principal delas é a manutenção do passe comunitário aos moradores da região e a cobrança diferenciada aos brasileiros e turistas do Mercosul em relação aos visitantes de outros continentes, como a América do Norte, Europa e Ásia.

“A reunião do prefeito Chico Brasileiro e dos prefeitos da região oeste foi muito importante e de muitos resultados. Nós discutimos uma série de propostas e o atual modelo de concessão do parque. Agora temos uma grande mobilização, não só das prefeituras, mas também da bancada federal e da Câmara dos Deputados para ampliar os investimentos, as oportunidades e até dignidade dos moradores da região em relação ao parque nacional”, disse a deputada Luísa Canziani.

Além de Luísa Canziani, participaram da reunião em Brasília nesta quarta-feira, 18, os deputados Toninho Wandscheer – coordenador da bancada no Congresso Nacional, Ricardo Barros – líder do Governo no legislativo, Vermelho Coguetto, Rubens Bueno; a deputada Leandre Dal Pont; e os prefeitos Maxuell Scapini (Capitão Leônidas Marques), Laurindo Sperotto (Céu Azul), Ivo Roberti (Serranópolis do Iguaçu), João Motta (São Miguel do Iguaçu) e Silvio Santana (Lindoeste).

Reunião no TCU

O deputado Toninho Wandscheer vai agendar uma próxima reunião dos prefeitos no TCU (Tribunal de Contas da União), em que vai avaliar a proposta de licitação do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente. “Já temos avanços consideráveis e vamos elencá-los junto ao TCU. A reunião foi positiva e agora teremos uma próxima com os 14 prefeitos das cidades lindeiras ao Parque Nacional do Iguaçu”, disse.

“Discutimos todo plano de investimentos do parque e muitas dúvidas foram esclarecidas pelo ICMBio. Há uma outorga de 6% da arrecadação que vai ser investida em ações na região. Algo de R$ 30 milhões por ano, portanto, uma grande conquista. São 500 milhões de investimentos para vários polos de visitação, além das Cataratas, e mais R$ 30 milhões por ano para ser investido aí no entorno do parque em ações que o conselho do parque vai propor e o ICMBio aprovará e a concessionária terá que aplicar”, disse o deputado Ricardo Barros.

O deputado afirmou que a proposta de concessão determina uma tarifa razoável que começa com R$ 80, já praticada hoje. “Para os lindeiros ao parque serão 20% da tarifa, o que corresponde a R$ 16 o ingresso para quem mora na região. O prefeito Chico Brasileiro comandou a reunião de forma muito determinada e com apoio de todos para que o edital seja cada vez mais votado para o interesse da região”, pontuou Barros.

Lindeiros

A pauta dos prefeitos lindeiros, segundo o deputado Rubens Bueno, é justa porque contempla os moradores das regiões oeste e sudoeste do Paraná. “O prefeito Chico Brasileiro trouxe a discussão do edital da exploração do parque e as reinvindicações são justas. Os municípios lindeiros devem também ter recursos para projetos adequados, o que tem apoio unânime dos deputados. Este novo modelo tem que ter a participação dos municípios e investimento de R$ 500 milhões em cinco anos, como propõe o Ministério Público”.

O prefeito Chico Brasileiro classificou o resultado da reunião como excelente e representativo “no sentido de ter uma licitação que possa convergir para o desenvolvimento da região do parque nacional e dos municípios lindeiros”. “Temos que diferenciar o preço da tarifa para o estrangeiro, ao visitante do Mercosul, os brasileiro e, principalmente, para que tenhamos a tarifa especial para os municípios da região lindeira”, disse.

Chico Brasileiro considera também como importante que parte desses recursos arrecadados pelo parque tenha como destino a divulgação da região turística, investimentos ambientais e entorno da unidade de conservação. “São temas relevantes e importante expô-los para quem está conduzindo o processo de licitação. Em conjunto com o Tribunal de Contas da União podemos chegar no melhor modelo que garanta mais investimentos no parque, menor tarifa e assim promover o destino turístico de forma sustentável”.

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