O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) disse nesta segunda-feira, 24, que é necessário ficar em alerta “igual São Tomé, ver para crer” em relação à proposta da concessão dos novos pedágios. “Queremos ver as mudanças definidas publicadas no edital das concessões”, disse. O alerta dos deputados da Frente Parlamentar sobre o Pedágio se refere ainda à possibilidade de manobras do Ministério da Infraestrutura em relação ao novo pedágio no Paraná.
“O governador Ratinho Junior foi a Brasília e conversou com o presidente Jair Bolsonaro que atendeu ao pedido de um pedágio com tarifa baixa e realização de mais obras. É isso o que queremos”, afirmou o parlamentar em entrevista à Rádio Cultura de Foz do Iguaçu.
Romanelli voltou a destacar a participação da Assembleia Legislativa nas audiências públicas que resultaram nessa vitória parcial e ressaltou a necessidade de acompanhar o desenho desse novo projeto de pedágio. “Há dúvidas no ar quanto à íntegra do que foi pedido pelo governador e acordado com o presidente”, observou
Pé atrás – “Nessas horas temos que nos lembrar do São Tomé – ver para crer. Queremos ver publicado no site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o anúncio da solução do problema para o pedágio no Paraná”, observou Romanelli. O deputado está com um pé atrás em relação à questão da outorga.
O Paraná não pode esperar, disse Romanelli, e nem sofrer a continuidade de um pedágio que por 24 anos penalizou o estado com alta tarifas e poucas obras. “Para nossa surpresa, ao invés de fazer como sugerimos um depósito de caução, um valor fixo para que as empresas efetivamente não executar a obra, ter um dinheiro em caixa para garantir sua realização, observamos que o governo federal está mascarando o modelo inicial criando uma tal “caução variável” que não é devolvida. Se não é devolvida, não é caução”, pontuou Romanelli.
“Nós sabemos que é possível desenhar um modelo de pedágio sem penalizar o setor produtivo e o usuário em geral. Isto é factível. Queremos tarifas baixas e queremos acompanhar a realização de obras, o que não aconteceu nestes 24 anos de pedágio nocivo ao nosso Estado”, disse o deputado.