De acordo com o presidente da Abrabar, 97% dos empresários não tiveram acesso a créditos pelos Governo Federal e Estadual
Parte dos empresários do setor de gastronomia do Paraná não vai resistir ao decreto que suspendeu os serviços essenciais por 14 dias. Essa é a avaliação da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), que critica a falta de apoio com créditos e nenhuma medida efetiva relacionada à suspensão de tributos para o setor, que está há 100 dias vivendo de praticamente nada, de acordo com Fábio Aguayo, presidente do Abrabar, em entrevista à Luiz Henrique de Oliveira e Rafael Torquato na Banda B.
“É colocar o prego no caixão. Em todo o estado, os bares foram paralisados e também as casas noturnas. Este segmento está esfolado e não tem recurso para nada, sem sequer ter pago os salários de março. Muita gente que estava com o contrato suspenso pela Medida Provisória agora não tem o que fazer, porque você precisar dar dois meses de estabilidade, mas como, se não há dinheiro? “, questionou Aguayo à Banda B.
De acordo com o presidente da Abrabar, 97% dos empresários não tiveram acesso a créditos pelos Governo Federal e Estadual. “Praticamente ninguém conseguiu créditos com os Governo Federal e também Estadual. Vamos fazer um ato simbólico de pendurar as chaves dos estabelecimentos no Centro Cívico, para que eles olhem para o empresariado. Pediram sacrifício da iniciativa privada, mas não fizeram nenhum sacrifício por nós”, lamentou.
Para Aguayo, a solução seria começar a serem feitas medidas práticas aos empresários. “A solução principal é sair emergencialmente linha de crédito aos empresários. A Copel já está ligando que vai fazer cortes, como o empresário vai pagar se não há dinheiro entrando? Outra questão seria suspender os tributos até 2021, porque não tem como você pagar sem arrecadar. O governo que não cobre mais nada do nosso setor em 2020. É o minimo que eles têm que fazer por nós”, pediu.
Sobre as reclamações, a Banda B entrou em contato com o Governo do Paraná e aguarda um retorno.