Ecos da Inquietude — uma viagem poética pelos labirintos do ser, por Gilmar Piolla

Evento de lançamento será dia 31 de maio na Boutique do Café o Hotel Wyndham em Foz do Iguaçu, a partir das 15 horas
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Foto: Divulgação

“Ser livre é desenhar o próprio caminho com giz de cera, sabendo que a chuva pode apagar.” Em versos como este, Gilmar Piolla sintetiza a proposta de Ecos da Inquietude — um livro que é, ao mesmo tempo, travessia e espelho. Dividido em quatro eixos — ser, querer, viver e sentir —, a obra não se propõe a entregar respostas prontas, mas a reverberar perguntas que nos tornam profundamente humanos.

Inspirado por autores que transitam entre a leveza e a densidade, como Paulo Leminski, Mário Quintana, Fernando Pessoa e Friedrich Nietzsche, Piolla constrói uma voz própria. Há em seus poemas a ironia delicada de Quintana, o humor filosófico de Leminski, a introspecção do Pessoa e, sobretudo, a recusa nietzschiana em aceitar verdades absolutas. Mas o autor não imita. Ele dialoga — e, nesse diálogo, firma-se como intérprete de sua própria inquietação.

Jornalista de formação e poeta por natureza, Piolla transita com naturalidade entre o cotidiano e o transcendental. Seus haicais reinventam a forma tradicional para dar espaço à ironia e à observação urbana. Já os poemas mais longos, de estrutura livre, investigam zonas de atrito: o amor e o desencanto, a dúvida e o desejo, a rotina e o espanto.

Não por acaso, o prefácio assinado por Caco de Paula o define como um “poeta de mente aberta”. De fato, Ecos da Inquietude é atravessado por esse espírito. O poeta se coloca como aprendiz diante da existência. “A poesia deve ser um território de liberdade”, afirma na nota do autor — e cumpre a promessa ao abrir margens generosas para o leitor. Suas palavras não engessam; convidam à interpretação.

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Entre imagens inspiradas na natureza e lampejos da vida moderna, o livro captura pequenas e grandes inquietações. Em Fronteira desvairada, por exemplo, a tríplice fronteira — onde Piolla vive — é desenhada com traços ambíguos, misturando o sublime das Cataratas do Iguaçu e a crueza das rotas clandestinas. Já em haicais como Resiliência, a superação surge com humor e sabedoria concisa: “Às vezes, o fardo / pede mais que paciência — / um saco de resiliência”.

Essa pluralidade é a força do livro. Ecos da Inquietude não se limita a um registro. Ele é múltiplo como quem o escreveu — e como quem o lê. Suas inquietações são universais porque não tentam domesticar o caos: antes, o abraçam.

No conjunto, a obra reafirma a poesia como lugar de respiro e de encontro. Entre o instante e a eternidade, entre o riso e a dúvida, Piolla nos entrega versos que não prometem a calmaria — mas, sim, a companhia. Porque, como ele próprio diz, “as palavras só ganham vida quando encontram outras vidas”.

Lançamento dia 31 de maio

Como parte desse convite à reflexão e ao encontro, o autor receberá leitores e amigos para o lançamento da obra no dia 31 de maio, das 15h às 19h, no Café Boutique (Hotel Wyndham), em Foz do Iguaçu. O evento contará com recital e exposição de poesias, apresentação de banda de jazz e degustação de vinhos — uma celebração à altura da obra, entre palavras, música e sabores. Para confirmar presença, basta acessar o link: clique aqui para confirmar sua participação.

Ecos da Inquietude tem o apoio cultural de: Urbia Cataratas S.A, Loumar Turismo, Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, Liberty Duty Free, Viale Hotéis, Marco das Três Fronteiras, AquaFoz Foz, Café Boutique, Wyndham Golden Foz Suítes, Café Dona Irani e Gráfica Patras, Grand Carimã Foz, Promo Marketing Inteligente e Lote Grande Empreendimentos.

@fozdiario

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