EDITORIAL: A culpa sempre é dos políticos corruptos!

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Quem nunca se revoltou com as falcatruas praticadas por agentes públicos, amplamente divulgadas pela imprensa, que atire a primeira pedra. Nos últimos tempos, falar mal daqueles que ocupam cargo público virou senso comum.

Ah, político é tudo corrupto! Tudo farinha do mesmo saco! Nenhum presta…

Estas expressões costumam sair com naturalidade, ainda mais em tempos de redes sociais, onde cada um pode dar opinião. Muitas vezes sem qualquer embasamento científico ou teórico, mas é, claro, importante é dizer o que pensa.

O difícil mesmo é fazer uma ‘mea culpa’ e ver que a corrupção não é exclusividade do prefeito, do vereador, governador, do deputado, senador ou presidente da República.

A corrupção pode (e muitas vezes) está presente nas pequenas coisas do dia a dia. Jogar papel de bala na rua, pensando que ninguém viu, é uma corrupção. Subornar o guarda após um ‘deslize’ no trânsito também é.

Furar a fila, não respeitar as vagas de idosos ou portadores de necessidades especiais no estacionamento. São tantas as ações que se enquadram perfeitamente no quesito corrupção, que as vezes pensamos se tratar de coisas normais. Mas não é!

Esta semana, a sociedade parananese ficou estarrecida ao ver que quase 11 mil servidores públicos se aproveitaram, pasmem, do auxílio emergencial de R$ 600 criado para ajudar trabalhadores autônomos ou desempregados durante a pandemia do Coronavírus.

Oras, servidor público não são ricos na sua maioria? Não tem bons salários e não passa necessidades? Então, por quê fazer isto? São perguntas que aparecem de imediato ao ver este tipo de notícia. Servidores públicos, em sua maioria, não são ricos, mas tem salário mensal, mesmo durante a pandemia.

Voltando um pouco no passado, algo de duas a três semanas, lembramos que mais de 73 mil militares também sacaram irregularmente o benefício. Como se vê, a corrupção não é exclusiva dos políticos, sem querer isentá-los, mas está presente em todos os setores e precisa ser combatida individualmente, nos atos do dia a dia.

No Paraná, dos 399 municípios, apenas 11 não tiveram casos de servidor que sacou o benefício. O blog lista eles, como forma de reconhecimento destas populações – Centenário do Sul, Entre Rios do Oeste, Iguaraçu, Itaguajé, Juranda, Pinhalão, Saudade do Iguaçu, Sertanópolis, Tomazina, Verê e Vitorino.

Não pense que a conduta precisa ser correta só da porta para fora. Todos tem o dever de respeito com o dinheiro público. É um verdadeiro escárnio ter que se deparar com uma situação que revela o lado perverso e não solidário de vários servidores públicos.

Acorda gente!

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