A nomeação do senador Camilo Santana (PT-CE) para o Ministério da Educação (MEC) coloca na pauta o ensino integral já que o Ceará é boa referência na área e uma prioridade do governo Lula (PT). Se o estado nordestino é um case, Foz do Iguaçu, no Paraná, avança a passos largos e ainda tem novos projetos de educação pública referenciais no país.
Destaca o GDia que o projeto implantado pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) em 2017 nos centros de educação infantil (CMEIS), alcançou duas escolas (Parigot de Souza e Gabriela Mistral) e neste ano vai avançar na escola do Jardim Naipi e com turmas nas escolas Cândido Portinari, João XXIII, Cecília Meireles e Érico Veríssimo.
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Foz do Iguaçu também se destaca com o cartão material escolar, inédito no país, lousas digitais, ensino de robótica em laboratórios adequados, ensino de língua estrangeira (inglês e espanhol), instalação de biodigestores e usinas fotovoltaicas, contratação de professores e para este ano estuda-se a implantação de vale-leitura.
Avanços
O presidente Lula escolheu Camilo Santana devido aos avanços no setor alcançados durante seu governo no Ceará de 2015 a 2022. O estado oferece atualmente o modelo em 60% das instituições de ensino público e o plano prevê 100% da rede com o modelo até 2026. No ano passado, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Ceará classificou 87 de suas escolas do 1º ao 5º do ensino fundamental entre as 100 melhores do país e 70 entre as 100 melhores do 6º ao 9º ano.
“O período integral é uma grande conquista para a educação pública de Foz do Iguaçu”, disse o prefeito Chico Brasileiro, ao comentar sobre as perspectivas com a nova gestão do MEC. “É um projeto que amplia as possibilidades de conhecimento dos estudantes e contribui na formação cidadã dos iguaçuenses. Mas tem mais a oferecer que qualificam o ensino e a educação pública”, ressaltou.
O ensino integral foi implantado em 2017 com a inauguração do CMEI Rubem Alves no Jardim São Paulo. Até o ano passado, 2.141 crianças das 34 das 41 unidades de educação infantil estudavam em período integral. Além da grade curricular, os estudantes recebem aulas de inglês e espanhol, atividades de educação ambiental, desenvolvimento sustentável, economia solidária, educação financeira, comunicação, uso de mídias e cultura digital, teatro, música, danças e outras.
O período integral atende às metas dos planos nacional e municipal de educação e prevê a extensão gradativa nas escolas, destaca Chico Brasileiro. Foz do Iguaçu encerrou 2022 com 27 mil alunos matriculados nas 50 escolas do ensino fundamental e 44 CMEIs.
Melhorias
Chico Brasileiro lembra que o período integral tem sido fundamental para a recomposição das aulas presenciais que foram retomadas em setembro de 2021, após quase dois anos de suspensão com a pandemia; “Este modelo é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem”, afirma.
No ano passado, a prefeitura implantou ainda uma série de melhorias na rede, com o Cartão do Material Escolar, um benefício financeiro às famílias dos estudantes para a compra dos produtos de papelaria.
“Em 2022, além do período integral, ampliamos o atendimento nas salas de apoio à aprendizagem no contra turno, renovamos a frota do transporte escolar com 10 novos ônibus com investimento de R$ 4,3 milhões, implantamos as aulas de inglês, espanhol e robótica, adquirimos novos equipamentos como lousas digitais, impressoras 3D e tablets para os professores, além de reformas e ampliações em dezenas de escolas e CMEIs”, listou o prefeito.
Para 2023 está prevista a aquisição de cinco novos ônibus, renovando 100% a frota do transporte escolar. O Cartão do Material Escolar também será mantido. No ano passado foram investidos R$ 4 milhões no programa. O credenciamento para as papelarias segue aberto e pode ser feito no site da Prefeitura. O ano letivo de 2023 inicia em 7 de fevereiro.