A ocupação dos mais de 30 mil leitos disponíveis na rede hoteleira de Foz do Iguaçu, está abaixo de 2%. A crise tende a se agravar a partir do mês de agosto, quando terminam as reservas que restam do setor para segurar os empregos dos colaboradores. As informações são do diretor-executivo do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares (Sindihotéis), Plácido Oliveira.
A retomada da atividade turística do Destino Iguaçu deverá durar algum tempo após a pandemia do novo Coronavírus, que começou em meados de março. Em junho, a Prefeitura autorizou a reabertura de estabelecimentos de gastronomia e dos atrativos turísticos, incluindo Parque Nacional do Iguaçu, Itaipu Binacional e Marco das Três Fronteiras.
No dia 1º de julho entrou em vigor um decreto estadual determinando novo fechamento, principalmente em regiões com maior concentração de casos de Covid-19, infecção provocada pelo novo Coronavírus. A situação dos hotéis hoje, de acordo com Plácido está mal, com o “funcionamento abaixo dos 2%” da capacidade.
Panorama
Foz do Iguaçu tem um parque hoteleiro com aproximadamente mil leitos distribuídos entre 180 estabelecimentos – hotéis, pousadas, hostals e albergues da juventude. “Com os parques fechados, o Paraguai e Argentina fechados e os restaurantes operando até as 22hs, o turismo vai de mal a pior”, ressaltou o diretor do Sindihotéis.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, depende autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ministério do Meio Ambiente para voltar a receber turistas. No entanto, não existe uma previsão, nem para o Marco das Três Fronteiras.
Fim das reservas
“O pior é que os recursos utilizados para segurar os empregos, se extinguem agora em agosto e sem um plano de retomada a coisa vai ficar feia”, acredita Plácido. “Na verdade colega, tem muita gente falando da crise, mas pouca gente olhando para o futuro e traçando um plano concreto de retomada, de atrair turistas para Foz do Iguaçu a curto e médio prazos”.
“Se a gente continuar nesse ritmo, vamos ficar igual a um cachorro que corre, corre atrás do pneu de um carro e quando o carro para não sabe o que fazer com o pneu”, comparou o dirigente sindical. “Estamos todos falando em retomada, em reabertura, em recuperação, mas existem poucos projetos concretos e exequíveis para se recuperar pelo menos parte dos turistas de Foz”, completou.
Por: GDia