Em carta aberta, trabalhadores criticam possível fechamento do comércio no Paraná

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Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press

A carta aberta, ao governador, prefeitos e autoridades, foi assinada por associações que criticaram o pedido do Ministério Público de fechamento do comércio

Um grupo de comerciantes, representados por várias associações, emitiu uma carta aberta ao governador do Paraná, Ratinho Junior, aos prefeitos do Estado e demais autoridades. As informações são de Lucas Sarzi, no RIC Mais.

Sem pedir abertura ou fechamento de nada, a carta destaca a gravidade da situação em que se encontram os comerciantes e pede, apenas, que se tenham políticas pensadas para os trabalhadores.

Um grupo de comerciantes, representados por várias associações, emitiu uma carta aberta ao governador do Paraná, Ratinho Junior, aos prefeitos do Estado e demais autoridades.

Sem pedir abertura ou fechamento de nada, a carta destaca a gravidade da situação em que se encontram os comerciantes e pede, apenas, que se tenham políticas pensadas para os trabalhadores.

A carta foi assinada por associações como Associação de Bares e Restaurantes, Associação de Empresários e até a Federação das Empresas de Hospedagem. Os empresários e trabalhadores destacam que entendem que cabe às autoridades decidir ações para conter a pandemia.

“Nossa Constituição consagra, já em seu primeiro artigo, item III, que é fundamento do Estado Democrático de Direito a “dignidade da pessoa humana””, diz a carta.

Segundo os trabalhadores, já são quatro meses de muito sofrimento. “Fomos ao sacrifício e ao desprendimento para que pudesse o Estado se organizar para o enfrentamento do gravíssimo problema, nós não nos furtamos. Cortamos, trabalhadores e empresários, notadamente os pequenos e médios, a “própria carne” para que não faltasse o devido cuidado com a vida. São 120 dias sem salário ou com salário reduzido”.

Contra pedido de fechamento do comércio, vindo do MP-PR
Os trabalhadores destacaram que o sacrifico tem sido feito, mas “o que não é possível e realmente não aceitamos, é ter também nossa dignidade negada quando, dia sim dia não, alteram as regras, fazem petições, protelam, massacram nossa mente nos levando ao desespero”.

A carta denuncia que “não há qualquer ação ou palavra vinda destes poderes no sentido de mitigar este sofrimento“, ainda que, obviamente, o problema seja muito menor do que perder uma vida.

Contra o pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), de que haja o fechamento do comércio com punição para quem sair de casa, a carta diz que a manutenção do trabalho nem sequer é citada.

“Exigimos ser tratados com o respeito que se deve ter por quem paga impostos, segue as leis e não se furta ao sacrifício em prol da comunidade. Reivindicamos nossa dignidade de volta”, diz a carta.

O documento foi feito para pedir que as autoridades e governantes pensem em políticas públicas claras e sejam transparentes no enfrentamento da pandemia. “Para o enfrentamento dos problemas econômicos e sociais advindos dela”.

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