As experiências de vida e do cotidiano da região de Três Lagoas marcaram o “Café com Histórias” desta terça-feira, 20, do EJA (Educação de Jovens e Adultos) da escola João Adão da Silva. O café é parte do projeto da Secretaria Municipal de Educação, coordenado pelas professoras Adriana da Silva Klippel, Eliane de Campos e Maiara de Freitas e pelo professor , José Luiz da Silva Acosta.
Durante o café na escola em uma roda de conversa, alunos da EJA e convidados contaram um pouco sobre suas experiências de vida. O professor chileno Andres Alejandro Rebolledo Flores e a professora Cleuza Vieira da Silva também compartilharam momentos das suas vidas na conversa com os estudantes do projeto.
Cleuza Silva é mãe do diretor da escola, José Luiz da Silva Acosta, e professora de arte no colégio estadual Santa Rita, e disse que também foi aluna da EJA. Ela disse que também sofreu preconceito e críticas por não saber ler. “Preta, pobre, eles te discriminam…, mas eu criei meus filhos falando que todos somos iguais”, disse.
A professora reforçou aos alunos da EJA que não importa a idade, desde que se tenha um sonho, o importante é ir atrás para alcançá-lo. “Nunca deixe alguém dizer que você não consegue, que está velho, não existe idade para se realizar um sonho”, destacou.
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Os alunos também contaram suas histórias. Dona Rivaldete Alves Pereira disse que queria estudar quando era criança, mas não pôde, pois seu pai acreditava que as mulheres não precisavam de educação. Adenilson da Silva Santos contou que retomou os estudos com objetivo de abrir a própria empresa. “Eu tenho vontade de abrir a minha própria empresa e para alcançar esse sonho, precisei voltar a estudar”, disse.
A EJA é coordenada na Secretaria de Educação pela professora Valdirene Brito e tem 180 alunos matriculados nas escolas: Padre Luigi Salvucci na Vila C, Jorge Amado na Cidade Nova, João Adão da Silva na Lagoa Dourada, Emílio de Menezes no Morumbi, Érico Veríssimo no Jardim Guarapuava e na escola Vinicius de Moraes no Porto Meira.
