Para empreendedores, segunda estrutura ligando o Brasil ao Paraguai abre novo ciclo de desenvolvimento e união
Empresários iguaçuenses esclareceram dúvidas e receberam informações técnicas sobre o projeto de construção da Ponte da Integração, que ligará Foz do Iguaçu (Brasil) a Presidente Franco (Paraguai). Os empreendedores participaram de reunião promovida pela ACIFI nessa segunda-feira, 19.
Detalhes do empreendimento, do cronograma e da forma de execução da obra foram apresentados pelo engenheiro Osman Bove. O profissional é gerente do Consórcio Construbase–Cidade–Paulitec, formado por três construtoras brasileiras responsáveis pela realização do serviço.
Conduzida pelo presidente da ACIFI, Faisal Ismail, e pelo presidente do Conselho Superior, Walter Venson, a reunião teve a presença do secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla; dos presidentes do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendruscolo; do Codefoz, Mario Camargo; do Comtur, Carlos Silva; e do Fundo Iguaçu, Enio Eidt, entre outras autoridades.
Conforme Faisal Ismail, o encontro foi uma oportunidade para o setor empresarial de Foz do Iguaçu entender como será a execução da obra e trocar informações sobre os benefícios que a Ponte da Integração trará para a região das Três Fronteiras.
“A segunda ponte do Brasil e o Paraguai abrirá um novo ciclo de desenvolvimento e integração para toda a região. Com essa reunião, a ACIFI cumpre o seu papel ao debater e identificar alternativas de desenvolvimento para a cidade e para nossos empreendedores”, apontou.
Dentro do prazo e sem aditivo
À plenária de empresários, o engenheiro Osman Bove fez um breve histórico das empreiteiras envolvidas na construção, destacou as características técnicas do projeto e explicou como será a forma de trabalho no canteiro de obras e o processo de seleção para a contratação de trabalhadores.
Conforme Bove, com os recursos aportados pela Itaipu Binacional, a Ponte da Integração deverá ser entregue em até 36 meses, prazo fixado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Nessa modalidade só há reajustamento dos preços conforme estabelecido em contrato (não haverá aditivos relativos a serviços adicionais).
“Pretendemos concluir a ponte dentro do prazo, pois temos a garantia da destinação dos recursos, e a vazão do Rio Paraná está muito favorável para os trabalhos”, sublinhou o engenheiro. “Estamos selecionando os profissionais com as melhores condições para o trabalho em altura e outras especificidades que a obra exige”, mencionou.
De acordo com Osman Bove, a execução dos trabalhos da Ponte da Integração é semelhante à realização de duas construções distintas. “As obras partem das margens direita e esquerda do Rio Paraná, no Brasil e no Paraguai, e se encontram no meio do rio”, disse.
Participação
Na reunião, Danilo Vendruscolo ressaltou o papel que a sociedade civil organizada deve continuar desempenhando junto ao poder público no processo de construção da ponte. Esse diálogo, frisou, deve continuar para que a obra siga dentro do cronograma e planejamento previstos.
“Podemos contribuir com o esclarecimento da comunidade, a exemplo dessa reunião promovida pela ACIFI, e também mobilizando as diferentes forças políticas, do poder público e da sociedade civil para, se necessário, discutirmos e encontrarmos soluções”, destacou.
Raio X da Ponte da Integração
Prazo: 36 meses
Valor: R$ 323 milhões (além de R$ 140 milhões da Perimetral Leste)
Consórcio contratado: Construbase–Cidade–Paulitec
Empresas indiretas: 12
Trabalhadores: de 400 a 500 profissionais
Comprimento: 760 metros
Vão-livre: 470 metros (maior do país entre pontes estaiadas)
Torres: duas com altura de 120 metros cada uma
Pista: 3m70 de largura
Acostamento: 3 metros
Calçada: 1m70