O deputado federal Enio Verri será o novo diretor-geral brasileiro da usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Seu nome foi confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o recebeu nesta tarde em seu gabinete junto com a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann. Também participou da reunião, o presidente do partido do PT no Paraná, deputado estadual Arilson Chiorato.
“Sinto-me honrado do presidente Lula escolher meu nome para assumir essa nova missão. Itaipu tem um papel importantíssimo no planejamento do governo brasileiro, que é promover e financiar ações que tragam avanços econômicos, tecnológicos e sociais para o Paraná e o Brasil. E, ainda, ser um vetor de modernização e democratização do setor energético”.”, disse o deputado em seu Instagram.
Leia também
- Vazão em vertedouro da Itaipu chega a quase três Cataratas do Iguaçu
- Abertura do Festival de Verão 2023 agita o Terminal Turístico Alvorada de Itaipu
“Aceito esse desafio para contribuir com o projeto de Lula para Itaipu e para o país. Já tinha afirmado anteriormente, estou no PT há 40 anos e sempre defendi que os interesses coletivos se impõem ao individual. E, hoje, esse projeto coletivo é a reconstrução do Brasil. E Itaipu faz parte desse grande projeto”, postou.
Verri foi escolhido entre vários nomes cogitados, inclusive Chiorato, o deputado federal Zeca Dirceu, o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o ex-governador Roberto Requião, o ex-vice-governador Orlando Pessuti, o advogado Luiz Carlos Rocha e, principalmente, o ex-diretor da Itaipu, Jorge Samek. A disputa acabou afunilando entre Verri e Samek e o escolhido contou com apoio do PT, incluindo Gleisi, Chiorato e Zeca Dirceu.
Também serão nomeados em Itaipu, entre outros cargos, 5 diretores brasileiros da Binacional: administrativo, financeiro, de coordenação, jurídico e técnico. Também irá nomear o diretor superintendente do Parque Tecnológico Itaipu-Brasil (PTI-BR) e ainda 6 membros brasileiros do Conselho de Administração – um dos membros é o representante do Ministério das Relações.
Na lista de exonerações constam 28 nomes, sendo a maioria militares nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As indicações devem ser divididas entre o PT e partido da base, inclusive com os nomes que foram preteridos para o cargo de diretor-geral.
Entre os desafios de Verri estão as negociações com o Paraguai do Anexo C do tratado de Itaipu, documento que trata das condições de comercialização da energia gerada na hidrelétrica binacional. A tarefa deve ser dividida, principalmente, com o Ministério de Relações Exteriores.
A curto prazo, o diretor deverá analisar as últimas ações do atual diretor-geral, o vice-almirante Anatalício Risden Junior. Entre elas estão as obras em andamento da Perimetral Leste e a Ponte da Integração, a duplicação da BR-469.
Também constam os projetos da Beira Rio e do Mercado Público, que teve anteprojetos anunciados ainda em dezembro do ano passado por Risden. O projeto da construção de uma arena multiuso, assinado pela usina com o Fundo Iguaçu, com custo estimado em R$ 1,7 milhão, deve ser também verificado.
Leia mais em Correio do Litoral