Entenda como a vacinação fez de Serrana, SP, um ‘oásis’ entre cidades em colapso pela Covid-19

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Cobertura vacinal em Serrana, SP, foi de 98% — Foto: TV Globo/Reprodução

Por conta dos vacinados em estudo do Butantan, município não registra pressão no sistema hospitalar e optou por não decretar fechamentos como as vizinhas Ribeirão Preto, Cajuru e Altinópolis. Primeiros resultados da pesquisa apontam queda de 95% nos óbitos de munícipes após imunização.

Em meio aos fechamentos para frear a Covid-19 nas vizinhas Ribeirão Preto, Cajuru, Brodowski e Altinópolis, com colapso na saúde e escalada de casos e mortes, Serrana (SP), cidade que participou do estudo do Instituto Butantan para avaliar a eficácia da Coronavac em populações inteiras, se tornou praticamente uma ilha, com flexibilização das atividades econômicas e otimismo.

Neste domingo (30), o Fantástico, da TV Globo, divulgou parte dos resultados do Projeto S, iniciado em março e finalizado em abril. Os dados apontam que, após o fim da vacinação, as mortes por Covid-19 caíram 95% na cidade.

Em paralelo à perspectiva otimista em Serrana, 23 cidades nas regiões de Ribeirão Preto e Franca adotaram medidas mais rígidas para reduzir a transmissão do vírus.

Só em Ribeirão Preto, com 711,8 mil habitantes, a taxa de ocupação nas unidades de terapia intensiva (UTIs) está em 94,08% neste domingo, enquanto a cobertura vacinal com duas doses é de 12,49% da população.

Primeiros resultados

Os resultados da pesquisa mostram, ainda, que o número de casos sintomáticos da doença teve uma redução de 80%, enquanto as hospitalizações caíram cerca de 86%. Para os cientistas, o controle da pandemia se deu depois que 75% da população recebeu a segunda dose.

Em abril, Serrana já observava uma queda expressiva na incidência da Covid-19. Após registrar 699 casos em março, o número caiu para 251. As mortes passaram de 20 para 6 no mesmo período.

A pesquisa do Instituto Butantan também revela que, enquanto 15 cidades vizinhas apresentavam aumento no número de casos, Serrana caminhava na contramão e apresentava reduções expressivas.

A apresentação completa da conclusão do estudo ocorre nesta segunda-feira (31), durante coletiva de imprensa do governo de São Paulo.

‘Passo a frente das outras cidades’

Seguindo a fase de transição do Plano São Paulo, que permite a abertura de todos os serviços, com restrições, o prefeito Leonardo Capitelli (MDB) comemora a baixa pressão hospitalar e nos atendimentos de moradores com sintomas do coronavírus diante da vacinação em massa.

Ele afirma que houve uma queda na procura por testes em 40 dias. Antes, entre 160 e 180 pessoas iam à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para saber se estavam infectadas. A taxa de positividade era de 69%.

Depois da aplicação das duas doses da CoronaVac em 98% do público-alvo, correspondente a adultos com mais de 18 anos, exceto grávidas e puérperas, o número caiu para uma média de 30 a 35 atendimentos diários, com cerca de 25% de resultados positivos.

“Graças a Deus o nosso sistema de saúde aqui não está como outros da região, saturado. Junto com o Hospital Estadual, centro de contingência, Secretaria de Saúde, estamos semanalmente avaliando e entendemos que nosso momento é realmente um passo a frente das outras cidades”, disse.

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